Sirius é a estrela mais brilhante do céu noturno, fica na constelação de Cão Maior, ao lado de Orion. O nome Sirius vem do latim sirius e do grego σείριος (seirios) que significa “brilhante”, notadamente por ser a estrela mais brilhante do céu.
Sirius pode ser vista de qualquer local do planeta terra, sendo umas das estrelas mais impressionantes da esfera celeste, ganhou importância em todas as civilizações.
Antes mesmo de Roma ter sido fundada, no Vale do Nilo, no antigo Egito, era cultuada pelos astrólatas sob a alcunha de Sótis. Foram construídos diversos templos em honra a Sirius, em que o perfeito alinhamento com o astro, permitia que o interior fosse iluminado pela estrela.
No Egito antigo, Sirius era conhecida como Sopdet, sendo registrado nos anais astronômicos mais antigos, como a base do seu calendário, pois pela ascensão helíaca de Sírius, o dia que se tornava-se visível a olho nu por se afastar do brilho do sol coincidia com a inundação anual do Rio Nilo e do solstício de verão. E mais, acreditava-se que o brilho da estrela se somava ao brilho do sol, aumentando a temperatura da terra, assim dando-se o verão.
Na Mitologia grega a constelação de Cão Maior representava um animal que corria a velocidades espantosas. Laelaps, como lhe chamavam tinha inclusivamente ganho uma corrida com uma raposa que se dizia a mais rápida do mundo. Zeus teria colocado este cão no céu, para comemorar a sua vitória.
Para os antigos Polinésios as estrelas brilhantes eram importantes como bússolas para navegar entre as varias ilhas e atóis do Oceano Pacifico, ajudavam navegantes a traçar cursos para alguns destinos. Também serviram como marcadores de latitude: A declinação de Sírius coincide com a latitude do arquipélago de Fiji a 17° Sul e passa diretamente sobre as ilhas todas a noites.
Em 1844, Friedrich Wilhelm Bessel, e posteriormente em 1862 por Alvan Graham Clark, foi identificado que Sirius na verdade é um sistema binário, identificando a estrela companheira, apelidando-a de “Sirius B” ou, carinhosamente, “o cachorrinho”.
Sirius A – possui 2 vezes a massa do sol, quase duas vezes o seu tamanho, e é cerca de 25 vezes mais luminosa. Embora tenhamos outras estrelas muito mais luminosas, sírius esta bem perto de nós, a apenas 8,7 anos luz, intensificando o seu brilho no sol. Sua temperatura é de 9.800º Kelvins.
Sirius B é uma estrela anã branca, apesar de ter a massa do sol, é do tamanho do planeta terra, com luminosidade de apenas 2,5% do sol. Estima-se que Síriu B tenha sido uma estrela muito maior que Sirius A, explodindo no final de sua vida, se tornando essa estrela Anã Branca, que se esfria gradativamente.