Spica ou Alpha Virginis é a estrela mais brilhante da constelação de Virgem, representando na constelação a espiga de trigo que a deusa grega Astréia carrega. Assim, até pela semelhança do seu nome (spica – espiga) já podemos identificar a origem do seu nome no latim spica virginis, ou seja, a “espiga de trigo da virgem”.
Spica tem um brilho branco azulado, e embora seja observada a olho nu como um único ponto brilhante, na verdade são duas estrelas em um sistema binário, as duas estrelas orbitam-se muito próximas, por este motivo parecerem ser uma só.
As duas estrelas recebem o nome de Spica A e Spica B, e estão a 250 anos luz distante da Terra.
Spica A é a estrela maior, sendo 7 vezes maior que o Sol e brilha 12.100 vezes mais. Por ter uma massa de mais de 10 vezes a do nosso Sol, possui massa suficiente para que no final de sua vida venha a explodir-se e virar uma estrela Supernova. Ela é classificada como uma estrela subgigante, pois seu brilho não é tão intenso em comparação a outras estrelas do mesmo porte.
Spica B é uma estrela menor, classificada como uma estrela anã azulada, tem 7 vezes a massa do Sol e 3,6 vezes o seu tamanho.
Curiosidades:
A estrela encontra-se a 2,6 graus da ecliptica, sendo uma das poucas estrelas de grande brilho que podem ser ocultada pela lua.
Além de ser a estrela mais brilhante da constelação de Virgem, Spica se junta a Regulus da constelação de Leão e à Arcturus da constelação de Bootis para formar o Triângulo da Primavera, conhecido pela astronomia como o triângulo de orientação da primavera.