Círculo Novo
“Tudo que o Poder do Mundo faz é feito em círculo. O Céu é redondo e ouvi dizer que a Terra é redonda como uma bola, assim como todas as estrelas. O vento, quando se mostra no máximo de sua força, gira. Os pássaros fazem seus ninhos em círculos, pois a religião deles é a mesma que a nossa. O Sol nasce e se põe também em círculo. A Lua faz o mesmo e ambos são redondos. Até as estações formam um grande círculo em sua passagem e sempre voltam para onde estavam. A vida de um homem é um círculo da infância até a infância. E assim é em tudo onde se movimenta o poder.” Alce-Negro, Oglala Sioux, 1863-1950
– AGOSTINHO, 354-430
Passarei a diante, então, tumbém deste poder de minha natureza, elevando-me gradativumente até Aquele que me criou. E chegarei aos cumpos e palácios espaço- sos de minha memória, onde se encontram os tesouros de inumeráveis imagens, ali depositadas por coisas de todas as espécies percebidas pelos sentidos. Ali está anna- zenado tudo o mais que pensemos, aumentando ou diminuindo ou de alguma outra fonna alterando as coisas que os sentidos registraram, e tudo o mais que foi pratica- do e guardado e que o esquecimento não absorveu ou enterrou. Quando ali r:enetro, invoco algo que desejo que tenha existência e algo instantaneamente surge; outras coisas devem ser desejadas por um espaço de tempo maior, pois são traz idas, por assim dizer, de um receptáculo profundo; outras ainda se apresentum em grande número e, embora se deseje e necessite apenas uma coisa, manifestam-se como alguém que diria, “sou eu, por acaso? ” Estas eu afasto, com o controle do coração, da tona de minhas recordações, até que aquilo que desejo se revele e venha à luz, deixando seu esconderijo. Outras coisas se apresentum prontumente, em seqüência continua, sempre que são solicitadas, as que estão na frente abrindo cuminho pará as que se seguem e, ao abrirem caminho, desaparecem de vista, prontas a voltar assim que eu o desejar. Tudo isto acontece quando repito uma coisa de memória.
O pôr do sol
“Então, estava eu na montanha mais alta de todas, e por toda a volta abaixo de mim estava o arco inteiro do mundo. E, enquanto eu estava lá, eu vi mais do que eu possa contar e eu compreendi mais do que tenha visto; porque eu estava vendo no espírito a maneira sagrada das formas de todas as coisas, e a forma de todas as formas como elas têm que viver, juntas como um único ser. E eu digo, o arco sagrado do meu povo era um dos muitos arcos que fazem um círculo, largo como a luz do dia e a luz das estrelas, e no centro cresceu uma pujante árvore florida para abrigar todas as crianças de uma mãe e de um pai. E eu vi que isso era sagrado… Mas em qualquer lugar está o centro do mundo.” Alce-Negro, Oglala Sioux, 1863-1950
BENEDICTUS FIGULUS, Século XVII
Como, então, haveria o homem de conhecer o seu Criador? No Céu, Deus estava muito distante de olhos mortais. O homem, no corpo, não poderia contemplá-Lo e permanecer vivo. Que deveria ele fazer para encontrar o seu Criador? Ao meditar sobre isto, observou ele – sem dúvida por Divina inspiração – que o Mestre pode ser reconhecido por Sua Obra, no grande universo como no pequeno universo (o homem) feito do grande universo – ou melhor, extraído deste universo e dele separado. Assim, o homem reconheceu o Mestre em Sua Obra, no grande universo em que ele viu uma pequena semente transformar-se numa grande árvore. Ponderou ele, ainda, que o mundo deve ter sido outrora diferente do que hoje é, e que a semente que se transforma numa árvore deve ter sido outrora algo diferente de uma semente. Não podia ele entender estas coisas com sua humana razão, mas, continuou a perceber e inventou muitas artes, entre as quais a “Arte da Água’: Pois, observou como tudo era destruído pelo fogo, e reduzido ao que fora antes, i.e., terra. Portanto, pensou em separar as coisas por meio da água, não para destruí-las, mas, para ver se lhe seriam reveladas propriedades ocultas, com essa separação. Assim, após um grande esforço, finalmente descobriu a Arte da Separação. Desejou então saber como todas as coisas do grande universo haviam sido reunidas, e dividiu o mundo em três reinos: Animal, Vegetal e Mineral; isto é, atribuiu uma parte aos animais, uma segunda às coisas que crescem para fora da terra, e uma terceira às coisas que se desenvolvem dentro da terra. Começou depois a investigar, diligente- mente, uma categoria após a outra. O homem supôs ser a mais nobre e mais inteligente criatura de Deus. Continuando a usar sua Arte da Separação, e comparando uma coisa com outra, descobriu que a matéria-prima do homem e a matéria- prima do grande universo são a mesma coisa.
Veja Nossa Mãe Terra
“Veja! Nossa Mãe Terra está deitada aqui. Veja! Ela nos dá seus frutos. Em verdade, ela nos concede seu poder. Agradeça à Mãe Terra que está aqui. Veja a Mãe Terra nos campos florescentes! Veja a promessa de seus frutos! Em verdade, ela nos concede seu poder. Agradeça à Mãe Terra que está aqui. Veja a Mãe Terra com suas árvores abundantes! Veja a promessa de seus frutos! Em verdade, ela nos concede seu poder. Agradeça à Mãe Terra que está aqui. Veja a Mãe Terra nos rios que correm! Vemos a promessa de seus frutos. Em verdade, ela nos concede seu poder. Nossos agradecimentos à Mãe Terra que está aqui.” Pawnee, Philip Novak, A Sabedoria do Mundo
RALPHWALDO EMERSON, 1803-1882
O olho é o primeiro circulo; o horizonte que ele forma é o segundo; e por toda a natureza esta figura primordial se repete interminavelmente. Ela é o mais elevado símbolo no criptograma do mundo. Santo Agostinho descreveu a natureza de Deus como um círculo cujo centro estaria em toda parte e cuja circunferência não estaria em parte alguma Por toda a vida estamos sempre tomando consciência do fecundo sentido desta forma que é a primeira de todas. Já deduzimos uma moral consideran- do o caráter circular ou compensatório de toda ação humana. Uma outra analogia proporemos agora, no sentido de que toda ação pode ser aprimorada Nossa vida é um aprendizado da verdade de que, ao redor de todo circulo, um outro pode ser traçado; de que não há fim na natureza, mas, todo fim é um começo; de que há sempre um alvorecer após a meia-noite, e de que sob cada profundeza uma profun- dezamaior se abre.
Este fato, na medida em que ele simboliza o fato moral do Inatingivel, da fugidia Perfeição, em tomo da qual as mãos do homem nunca podem se encontrar, e que ao mesmo tempo inspira e condena todo sucesso, pode nos servir conveniente- mente para ligar muitos exemplos de poder humano em cada campo de atividade.
Terra, Ensina-me a lembrar
“Terra, ensina-me a quietude, como a relva é silenciosa pela luz. Terra, ensina-me a sofrer, como as velhas pedras sofrem com a lembrança. Terra, ensina-me a humildade, como as flores são humildes em seus primórdios. Terra, ensina-me a acarinhar, como a mãe que envolve seu bebê. Terra, ensina-me a coragem, como a árvore que se eleva solitária. Terra, ensina-me a limitação, como a formiga que rasteja no solo. Terra, ensina-me a liberdade, como a águia que paira no céu. Terra, ensina-me a resignação, como as folhas que morrem no outono. Terra, ensina-me a regeneração, como a semente que brota na primavera. Terra, ensina-me a esquecer de mim mesmo, como a neve que derrete esquece sua vida. Terra, ensina-me a lembrar da bondade, como os campos áridos choram com a chuva.” Ute, Philip Novak, A Sabedoria do Mundo
RALPH WALDO EMERSON, 1803-1882
A revelação é a descoberta da alma. A noção popular do que seja uma revelação é a previsão do futuro. Nos passados oráculos da abna, a compreensão tenta encon- trar respostas a perguntas sensuais, e se propõe a extorquir de Deus o tempo pelo qual os homens existirão, o que suas mãos farão e quem serão seus cQmpanheiros, acrescentando até mesmo nomes, datas e lugares. Mas não devemos forçar as fecha- duras. Devemos reprimir esta curiosidade. Uma resposta em palavras é enganadora; ela não responde realmente a pergunta que fazemos. Não exijam uma descrição dos países para os quais irá viajar. A descrição não os descreve, e amanhã chegaFás lá e os conhecerás habitando-os. Os homens perguntam pela imortalidade da alma, e pelas ocupações do céu, e pelo estado do pecador, e assim por diante. Eles chegam mesmo a sonhar que Jesus deixou respostas precisas para esses interrogatórios.
Cachimbo sagrado
“Antes de conversar sobre coisas sagradas, preparamo-nos por meio de oferendas… um encherá o Cachimbo e passará a outro que o acenderá, oferecendo-o à Terra e o Céu… depois fumarão juntos… Só então estarão prontos para conversar.” Mato-Kuwiapi, Sioux Santee
CARL VON ECKARTSHAUSEN, 1752-1813
É perfeitamente verdadeiro que, com novos sentidos, podemos adquirir o senso de uma outra realidade. Esta outra realidade já existe, mas não a conhecemos porque falta-nos o órgão para percebê-la. Não devemos atribuir a deficiência ao objeto da percepção, e sim ao órgão receptivo.
Mas, com o desenvolvimento do novo órgão, temos uma nova percepção, um senso da nova realidade. Sem ele, o mundo espiritual não pode existir para nós, porque o órgão que o pode objetivar para nós não está desenvolvido.
No entanto, se esse ‘órgão é desenvolvido, a cortina é imediatamente aberta, rasga-se o véu impenetrável, ergue-se a nuvem ante o Santuário, um novo mundo subitamente passa a existir para nós, escamas opacas caem dos olhos, e logo somos transportados do mundo dos fenômenos para as regiões da verdade.
Somente Deus é substância, verdade ‘absoluta; somente Ele é Aquele que existe, e nós somos o que Ele determinou que fôssemos. Para Ele, tudo existe em Unidade; para nós, tudo existe em multiplicidade.
Inúmeros seres humanos não fazem. mais idéia do desenvolvimento do sensório interior do que da vida verdadeira e objetiva do espírito, que eles não percebem nem prevêem de maneira alguma. Segue-se que lhes é impossível saber que um individuo pode compreender o espiritual, o transcendental, e pode ser elevado ao sobrenatural, mesmo quanto à sua visão.
Canto de cura
“O grande Amor, leva-me à deriva, arrasta-me como a Erva num grande Rio. A Terra e o tempo me levam, carregam-me além e movem as minhas entranhas com alegria.” Uvavnuk, Xamã Esquimó
PARACELSO, 1493(? )-1541
A terra é um elemento, bem como tudo o que ela produz. O mesmo acontece com a água e tudo o que ela produz. Temos assim um elemento que produz. Um elemento é uma mãe, e há quatro elementos: ar, fogo, água e terra. A partir destas quatro matrizes tudo é produzido no universo. E é irrefletida a fala daqueles que afirmam que um elemento é simplesmente dotado de aparência, calor, secura, frio, umidade, ou uma combinação disto tudo. Todas estas coisas estão contidas nes~es quatro elementos. Podeis entender isto assim: a terra é fria e seca, fria e úmida, quente e seca, e quente e úmida. É assim que são as coisas. Tudo o que é quente e seco cresce da terra, cresce daquilo que na terra é quente e seco. Tudo o que é produzido frio e úmido, é produzido daquilo que na terra tem natureza semelhante. Assim também, do fogo provêm quatro aparências. A neve, por exemplo, daquilo que no fogo é frio e seco; e o relâmpago daquilo que no fogo é quente e seco. O mesmo acontece com os outros dois elementos. Neste ponto, então, recomendo-vos acima de tudo que não determineis os elementos segundo suas aparêncins, mas, segundo suas formas, ou seja, as quatro matrizes que eles contêm. A terra é material, argilosa, conglutinosa. E ela é assim, quer seja quente, seca, fria ou úmida. A água é úmida, sensível, tangível, mas não çorporealmente, não materialmente. E assim é este elemento, seja ele frio ou quente. O primeiro é um firmamento e é o elemento fogo, embora ele seja quente num lugar e frio num outro. O ar é um céu que abrange todas as coisas, e é úmido, quente, frio, ou seco, como será deste ponto em diante demonstrado.
Carvalho
“Quero que todos saibam que não estou disposto a vender parte alguma de minha Terra, nem quero brancos cortando Árvores na ao longo dos Rios, sobretudo o Carvalho. Tenho uma predileção especial pelos Carvalhos. Gosto de olhar para eles, porque suportam tempestades de inverno e os calores do verão, e – da mesma forma que nós – parecem florescer por causa disso.” Touro-Sentado, guerreiro Sioux
TEOPHRASTUS PARACELSUS, 1493(? )-1541
O elemento ar foi destinado a nenhum outro propósito que não o de servir de morada para os outros três, cada qual a ser conservado, por assim dizer, dentro dos seus limites da seguinte maneira. O ar encerra em si mesmo todo ser mortal, isolan- do-o do que é imortal, assim como uma muralha separa uma cidade do campo vizinho. Fortalece o mundo e o mantém coeso, assim como uma represa para com um pântano. E do mesmo modo que nada há num ovo para aquele que o observa de fora, ou do lado de fora do ovo, que corresponde ao ql/e está dentro dele, o firmamento é uma concha que separa o céu e a terra, assim como a casca do ovo o separa do que está fora dele. O ar, além disso, é como uma pele dentro da qual está confinado um corpo, isto é, todo o mundo, e onde a terra está contida e é preserva- da. O ar, então, é esse firmamento, essa pele, casca de ovo, ou represa, que nada pode penetrar de fora e de dentro da qual nada pode sair. O ar é também o sopro de que todos os seres obtêm a vida. Isto é verdadeiramente o próprio ar, e propõe o ar que nutre os quatro elementos e, ao mesmo tempo, sustenta a vida do homem. Sem ele, nada pode viver. Sem ele, nenhum elemento poderia se desenvolver, nenhum vento poderio soprar, nenhuma chuva ou neve poderio cair, nenhum sol poderia brilhar, nenhuma primavera poderia florir, nenhum lz’quido poderia fluir, nenhuma terra poderia oferecer apoio. Toda essa força provém do ar e é atraída pelos quatro elementos. Pois, assim como os pulmões a todo instante inalam o ar, assim o faz a terra, e também a água e o fogo. É um’ erro evidente pensar que os ventos são causados pelo ar. Eles se precipitam contra nós como veneno, e não como um meio de vida. O primeiro elemento traz o ar, mas o fogo é que traz os ventos.
A Vida
“O que é a vida?…É o brilho de um Vaga-lume na noite, É respiração de um Búfalo no inverno. É a breve sombra que corre sobre a grama e some ao pôr-do-sol.” Pé-de-corvo, Tribo Pés-Pretos
P. D. OUSPENSKY, 1878~1947
A existência da vida psiquica em nós, isto é, sensações, percepções, conceitos, raciodnio, sentimentos, desejos, etc., e a existência do mundo fora de nós – destes dois dados fundamentais provém imediatamente nossa divisão comum e claramente entendida de tudo o que conhecemos, em subjetivo e objetivo. Tudo aquilo que aceitamos como sendo próprio de mundo, chamamos de obje- tivo; e tudo que aceitamos como sendo próprio de nossa psique, chamamos de sub- jetivo.
O mundo subjetivo, nós o reconhecemos imediatamente: ele está em nós mesmos, somos unos com ele. O mundo objetivo, nós o visualizamos como existindo em alguma parte fora de nós, nós e ele somos coisas diferentes.
Parece-nos que, se fechássemos os olhos, então o mundo objetivo continuaria a existir, tal como o vimos; e se nossa vida interior desaparecesse, despareceria igual- mente o mundo subjetivo; contudo, o mundo exterior existirio como antes, como existia antes de nós, quando nosso mu,?do subjetivo não tinha existência.
Nossa relação. com o mundo é mais exatamente definida pelo fato de que o per- cebemos existindo no tempo e no espaço; de outro modo, fora dessas condições, não podemos nem concebê-Io nem imaginá-lo. Em geral dizemos que o mundo consiste de coisas e de fenômenos, isto é, coisas e mudanças no estado das coisas. OS FENÔMENOS existem para nós no tempo; as COISAS no espaço. Mas essas divisão do mundo subjetivo e objetivo não satisfaz.
Selvagens
“Não achamos que as grandes planícies abertas, que os montes curvos ou que os riachos sinuosos e emaranhados sejam “selvagens”. Só para o homem-branco a Natureza é “selvagem”, só para ele a Terra estava infestada de animais e pessoas “selvagens”. Para nos era inofensiva. A Terra generosa e estávamos cercados de Bênçãos do Grande-Mistério, Até que o homem-peludo do leste chegasse com brutal furor amontoasse injustiças sobre tudo que amávamos, não havia “selvagem” para nos. Mas quando os próprios animais da floresta começaram a fugir à sua chegada, o “Oeste Selvagem” passou de fato a existir.” Urso-em-pé, chefe Sioux Oglala
CíCERO, 10643 a.C.
O termo latino para amizade – Amicita – é derivado da palavra Amor. O amor é certamente a causa essencial para atrair a afeição mútua. Quanto às vantagens materiais, aqueles que as obtêm são frequentemente cortejados por falsas demonstrações de amizade e tratados com respeito por aqueles que são motivados pelo interesse. Porém a amizade, por sua natureza, não admite simulação. A verdadeira 7mizade é espontânea e genuína. Portanto, compreendo que a amizade surge de um I1Zpulso natural e não de uma necessidade de auxílio; de uma inclinação afetiva, combinada com certa sensação instintiva de amor, ao invés da deliberada vantagem material que poderia conferir. Esta sensação instintiva’pode ser notada em certos animais. Eles demonstram amor por sua cria por um certo período e são correspondidos por ela, o que demonstra claramente uma partilha natural de afeição instinti- va. Naturalmente, esta se evidencia melhor no homem; primeiro na afeição natural entre pais e filhos, que só pode ser destruída quando algo de muito chocante venha a ocorrer; ou quando a paixão se sobrepõe à razão e encontramos alguém com cujo caráter e natureza nos harmonizamos plenamente, e pensamos encontrar nessa pessoa o que podemos denominar a luz da virtude. Porque nada inspira tanto o amor, nada granjeia tanto a afeição, como a virtude. Daí a razão porque em certos casos podemos sentir afeição por homens que nunca tenhamos visto, devido a sua honestidade e virtude. Quem, por exemplo, deixará de lembrar-se de Caius Fabricius e Monius Curius sem alguma afeição e’ cálido sentimento, embora nunca os tenha visto? Ou, quem deixará de detestar Tarquirzius Superbus, Spurius Cassius e Spurius Maelius?
Wakan Tanka
“Quando eu tinha dez anos, olhei a Terra, os Rios, o Céu e os Animais ao meu redor, e não pude deixar de ver que eles provinham de algum grande poder. Fiquei tão ansioso para entender esse poder que comecei a indagar as Arvores e os Arbustos. Era como se as Flores estivessem me falando e eu queria perguntar; “quem fez você?” Eu olhava as Pedras cobertas de musgo; algumas delas pareciam Ter traços de Homem, mas não podiam me responder. Então tive um sonho, e neste sonho uma pequena Pedra redonda apareceu e me disse que o criador de tudo era Wakan Tanka, e que, a fim de honra-lo, eu deveria honrar seus trabalhos na natureza. A Pedra disse que minha curiosidade me havia tornado merecedor de ajuda sobrenatural e que, se eu estivesse tratando uma pessoa doente, deveria pedir seu auxílio, que todas as forças da Natureza me ajudariam a encontrar a Cura” (Wakan significa misterioso, Tanka, grande)” Búfalo-bravo, Feiticeiro Sioux
EPICTETO, Primeiro Século A.D.
Que gostarias de ser surpreendido fazendo quando sobreviesse a Morte? Se eu pudesse escolher, gostaria de ser surpreendido praticando algum ato de verdadeira humanidade, de grande importância, benevolente e nobre. Mas, se eu não puder estar empenhado em algo tão elevado, resta-me pelo menos a esperança do seguinte (de que ninguém poderá me impedir e está seguramente em meu poder): que eu seja surpreendido elevando em mim mesmo aquilo que tenha decaído; aprendendo a lidar mais sabiamente com as coisas próprias dos sentidos; desenvolvendo minha própria tranquilidade, e assim transmitindo aquilo que é meu dever transmitir a tudo aquilo com que me relaciono na vida. . .
Se a Morte me surpreender empenhado nestas coisas, será suficiente que eu possa estender as mãos para Deus e dizer: “As faculdades que recebi de Tuas mãos para apreender Tua Criação, não as negligenciei. Tanto quanto me foi possível, não Te causei qualquer desonra. Vê como empreguei os sentidos, as concepções primárias que me concedeste. Alguma vez Te culpei de alguma coisa? Alguma vez resmunguei contra algo que estivesse ocorrendo, ou desejei que fosse diferente? Alguma vez transgredi de algum modo as relações da vido? Graças Te dou pelo que causaste em mim e pelo que me deste; basta-me o tempo durante o qual pude usar as coisas que Te pertenciam. Toma-as de volta e coloca-as onde quiseres! Todos elas eram Tuas e as tinhas concedido a mim ‘: Se um homem parte desta vida com este espírito, não é isto suficiente? Que vida é mais bela ou mais nobre, e que fim é mais feliz do que este?
FLORENCE LYNDON MEREDÍTH, M.D., 1883-1951
Como as finalidades da circulação consistem em suprir todas as células do que quer que elas necessitem, delas colher os resíduos que produzam, e transportar substâncias importantes produzidas numa parte do corpo para outras partes do mesmo, torna-se evidente que a higiene deve incluir esforços especificas para manter a circulação geralmente ativa, a fim de possibilitar a distribuição uniforme do sangue para órgãos em atividade e repouso, e evitar qualquer distribuição desnecessária ou prejudicial.
MARCUS AURELIUS, A.D. 121-180
Não fiqueis desgostosos, nem desencorajados, nem descontentes, se não conseguirdes tudo fazer conforme retos princípios, mas, quando falhardes, recomeçai; alegrai-vos se a maior parte do que fazeis é c-oerente com a natureza humana, e amai aquilo para que estareis então retomando; e não volteis para a filosofia como se ela fosse um mestre, mas, agi como aqueles que, tendo os olhos doentes, a eles aplicam uma esponja com ovo, ou um emplasto, ou os banham em água Pois, assim, não deixareis de obedecer à razão e nela vos apoiareis. E lembrai-vos de que a filosofia requer somente as coisas que a vossa natureza reclama; mas, talvez desejeis algo que não esteja em conformidade com a natureza. Podeis objetar: Ora, que é mais agradável do que isto que estamos faze.ndo? No entanto, não é exatamente por este motivo que o prazer vos decepciona? Ponderai se a magnanimidade, a liberdade, a simpliCidade, a eqüidade, e a piedade, não são mais agradáveis. Pois, que é mais agradável do que a própria sabedoria, se considerais a segurança e o curso feliz de todas as coisas que dependem da faculdade de conhecer e compreender?