Os cavalos estavam acostumados a guiar-se por si mesmos, a irem aonde desejam ir. Eram acostumados a correr por esta estrada da forma que bem entendessem. Eles realmente pensavam ser os donos da estrada. Vão aonde querem, da forma que querem e quando querem.
Assim eles prosseguem por anos a fio, até que um dia, para total surpresa do belo par de cavalos, eles começam a escutar uma voz que parece vir de dentro da carruagem.
A voz diz: PAREM DE CORRER!
Os cavalos se assustam a princípio, raciocinam um pouco e dizem a si mesmos: DEVE SER SOL DEMAIS.
A voz ordena novamente e agora com mais força: PAREM DE CORRER!
Os cavalos levam um susto ainda maior, mas desta vez percebem nitidamente que há um passageiro na carruagem e oferecem grande resistência às ordens que lhes foram dadas, pois estão acostumados a ser senhor e não servo.
O passageiro então apanha as rédeas com as duas mãos e a puxa com força. É travada uma batalha entre os cavalos e o passageiro, até que os cavalos fiquem obedientes e façam exatamente a vontade do passageiro.
A partir desse momento os cavalos começam a cumprir a risca as ordens do passageiro e tudo fica muito, muito próspero, até a saúde dos cavalos fica perfeita.
Bom, os dois cavalos fortes são o teu cérebro e a tua mente racional. Teu cérebro e tua mente racional é que é o ego. Até hoje ambos vêm te dominando, são eles que vêm dando as ordens e estão acostumados a fazer apenas a própria vontade.
A carruagem é o teu corpo, o teu aparelho físico. Nada mais que um veículo para o passageiro experienciar o mundo da matéria.
E o passageiro é você, a mente espiritual. Você é aquele que não precisa pensar, porque se pensou não é você. A consciência espiritual já é uma e o passageiro, é você!
Compreende agora?
Mas não se esqueça, o passageiro precisa começar a puxar as rédeas dos cavalos.