O TÍPICO HUMOR DAS MINAS GERAIS NA VOZ DE UM FILHO DE CARIAÇU
Otacílio Balbino, nascido na cidade de Cariaçu MG em 07/03/1953, trás consigo a sensibilidade e a decisão dos nativos de peixes, somado com o humor irreverente e descontraído dos caipiras mineiros. Esta mesclagem faz do Otacílio uma pessoa impar e sempre um bom companheiro para os momentos de adversidade.
Trabalhou desde muito cedo. Foi cavador de valetas, reformador de túmulos, garçom, balconista, servente de pedreiro, pintor, marceneiro, até que finalmente se identificou profissionalmente como mestre de obras. Meticuloso, detalhista e interessado em tudo que faz, Otacílio é o melhor mestre de obras que já conheci até hoje. Seus trabalhos ficam sempre perfeitos até nos mínimos detalhes. O que ele constrói pode-se confiar.
Irreverente e risonho leva a vida com muito bom humor e simplicidade, cumprindo muito bem o seu papel como mestre de obras. Como todo ser humano ele tem seus defeitos e suas qualidades, coisas que fazem o tempero da vida. Muito valente e intrépido na sua juventude, ainda conserva em seu interior um guerreiro adormecido que lá de vez enquando acorda quando lhe pisa o calo.
Confesso que o conheci no calor de uma situação onde ele reagira de forma intensa e decidida quando lhe jogaram propositalmente um copo de cerveja no rosto. Percebi de imediato que se tratava de um compro de alguns contra o Otacílio e imediatamente intervi. Foi assim que nos conhecemos em 1992 na bucólica cidade de Monteiro Lobato, região serrana nas proximidades de Campos do Jordão. Travamos grande amizade deste dia em diante. Quatro qualidades nobres eram visíveis nele: Lealdade; Força de vontade; Fidelidade e Valentia.
Tivemos nossas aventuras nesta vida. Nos reuníamos em finais de semana com a boa gente do bairro do Souza. O bar do Marcinho sempre foi um ponto de encontro local.
O que mais nos unira fora o fato de ambos detestarmos “injustiça”. Otacílio viu meus filhos crescerem e hoje carrega no colo os meus netos. Conheci a Dani sua filha quando pequena e hoje dou presente aos netos dele.
Os causos do Otacílio sempre me causaram admiração. Em todo assunto ele sempre tem um causo que se encaixa e tudo termina em risadas.
Certa vez enquanto pitávamos umas boas cachimbadas na beira do rio buquira nos fundo de minha casa, durante uma tarde serena de primavera, Otacílio me pediu que um dia, sem pressa e se eu pudesse que escrevesse um livro sobre ele. Dei minha palavra ao Otacílio de que escreveria este livro pra ele antes dele morrer e disse:
– Seus netos ainda vão ler um livro sobre o avô vivo. Hoje estou cumprindo a palavra que dei ao meu amigo há 16 anos atrás. Assim gravei muitos de seus casos e os inseri neste livro, resultando em uma leitura agradável, leve e divertida.
Boa leitura.
Certa vez em Cariaçu, quando Otacílio morava em um sítio, montado em seu cavalo pampa, se dirigia para a cidade. Então passou o seu vizinho (fazendeiro rico), em um BMW zero km, modelo Sport conversível, vermelho Ferrari, com motor em V, 12 cilindros e 300 cavalos de força.
Então o fazendeiro rico ao reconhecer que era o Otacílio montado no cavalo, parou aquela espaçonave sobre rodas e disse menosprezando:
– Ainda andando de cavalo Otacílio? Este tempo já passou. Homem moderno anda em carrões como este que só de cavalos tem 300 no motor.
O Otacílio ia responder, mas o fazendeiro acelerou o carrão e saiu cuspindo poeira pra trás enchendo de pó os olhos do Otacílio. Limpando os olhos já lacrimejantes pelo pó, Otacílio seguiu cavalgando o pingo.
Meia hora depois, lá adiante, ao passar pela curva do engana peão, viu lá embaixo, no despenhadeiro, o fazendeiro com toda a frente da BMW submerso no córrego.
Então com um sorriso amineirado Otacílio pergunta ao fazendeiro:
– Dando água pra tropa?
Certa vez, Otacílio ainda em Cariaçu no sitio, resolveu levar sua vaca de leite, a mimosa, na cidade para uma exposição de gado leiteiro. E aquele seu vizinho rico, o tal da BMW, mas que agora estava numa caminhonete traçada, também indo à cidade, cruza com o Otacílio puxando a vaca, percebe a oportunidade de uma vingança e diz:
– O Otacílio, vamos deixar nossas diferenças de lado. Que o passado fique no passado. Amarre a vaca pelo cabresto no para choque da caminhonete, entra aqui na cabine comigo e vamos juntos pra cidade.
E Otacílio assim o fez. Amarrou a mimosa pelo cabresto na traseira da caminhonete, entrou na cabine com o vizinho rico. O fazendeiro acelerou para 40 km por hora e olhou pelo retrovisor. A mimosa vinha serenamente correndo atrás.
Puxou assunto para o Otacílio não perceber sua intenção e acelerou a caminhonete para 60 km. Olhou novamente pelo retrovisor e viu que a mimosa continuava serenamente correndo atrás do carro. Surpreso, puxou outro assunto pra despista sua intenção e acelerou para 80 km por hora. Volta a olhar pelo retrovisor e fica assustado ao ver que a mimosa continuava acompanhando correndo a caminhonete. Então já se sentindo até que meio frustrado, acelera para 120 km e olha novamente para o retrovisor. Então um semblante de “estou conseguindo” tomou o rosto do fazendeiro, pois viu que a mimosa estava com a língua pra fora. Todo soberbo fala ao Otacílio:
– Sua vaca corre muito, mas agora ta com a língua de fora e “eu não vou parar” Que se dane sua mimosa!
Otacílio responde perguntando:
– É memo sô. Mais de qui ladu ta a língua dela? O fazendeiro responde:
– Ta do lado esquerdo. Então Otacílio complementa:
– “Ela ta dandu seta pra cortar”.
Certa vez um médico famoso de cariaçu foi visitar o tal fazendeiro rico vizinho do Otacílio. Foi numa Cinca tufão (carro tope de linha da época) e seguia feliz nas alamedas mineiras das roças das Minas Gerais, quando o carro parou e não pegou mais. Abrindo o capô, já estava ali olhando o motor há 20 minutos quando escutou uma voz lhe dizer:
– É gasolina suja doutor! O médico já ia respondendo quando viu que não havia mais ninguém ali com ele. Pensou que deveria ser pelo excesso de sol quente que recebera na cabeça, colocou um chapéu e continuou a olhar o motor. Mas então ouviu de novo:
– Mas você é teimoso! Já não lhe disse que é a gasolina que ta suja? O médico rapidamente olha em volta e só vendo um cavalo depois da cerca, pergunta:
– Quem disse isto? Estão com brincadeira comigo? Então o cavalo respondeu:
– Brincadeira nada doutor. Todo mundo as que a gasolina do posto do Zé vive suja! O médico apavorado sai correndo pela estrada e alguns quilômetros à frente e já sem fôlego, se depara com Otacílio assentado em uma porteira.
– O qui aconteceu dotô, inté pareci qui viu o coisa ruim? O médico ofegante responde:
– Otacílio, meu carro parou e ouvi uma voz me dizer que o problema era a gasolina que estava suja. Olhei e não vendo ninguém perguntei quem tinha dito aquilo. Pra minha surpresa foi um cavalo quem havia falado. Um cavalo, Otacílio! Rapidamente Otacílio responde:
– Dotô, era um cavalu baio da crina cumprida e que tem uma meia istrela branca na testa? O doutor ansioso responde:
– É este mesmo! Otacílio então acrescenta:
– Num cridita neli não, qui é mintiroso qui dói!
Otacílio após uma viagem de Cariaçu MG à Londrina PR, pensava em aguardar sua noiva no hotel onde se hospedara a pouco, pois gostou do lugar e por isto já reservara até um quarto de casal.
Aproveitando aquela tarde chuvosa que o obrigava a permanecer no recinto, resolveu mandar um e-mail para sua noiva e como não achou o papelzinho em que tinha anotado o endereço do e-mail dela, arriscou o que tinha na memória e torceu para que estivesse certo. Infelizmente ele errou uma letra, e a mensagem foi para uma senhora carioca, cujo marido havia morrido no dia anterior.
Quando ela, a senhora carioca, foi checar os seus e-mails, ao olhar o monitor, deu um grito de profundo horror e caiu dura no chão. A família correu para o quarto da viúva e leu o seguinte na tela do monitor:
“Querida, acabei de chegar. Foi uma longa viagem. Apesar de só estar aqui há poucas horas, já estou gostando muito. Falei com o pessoal daqui e já está tudo preparado para sua chegada amanhã. Tenho certeza que você também vai gostar. Beijos do seu eterno e amoroso homem”.
“PS: Está fazendo um calor infernal aqui!”
Certa vez num jogo de cartas em Cariaçu, Otacílio ganhou uma romiseta (aqueles triciclos antigos com cabine). A romiseta estava abandonada a 15 anos dentro de um galinheiro e suja de tudo quanto é sorte de sujeira. Otacílio pedindo ajuda a um mecânico desmontaram e lavaram com óleo peça por peça e tornaram a montar. Depois deram na partida e ela pegou que foi uma beleza.
Então Otacílio não desgrudava mais dela, virou o seu xodó.
Certo dia ele viajava na sua romiseta pintada e limpinha, de Cariaçu para Eliodoro, uma cidade vizinha. Quando na subida da serra ele se depara com o caminhão do depósito quebrado e carregado de material.
Otacílio reconhecendo o caminhão para a romiseta.
– Si tivé cabu de açu, rebocu o caminhão inté Eliodoro. O motorista responde com sarcasmo:
– Cabo de aço eu tenho. Mas pretende puxar o caminhão com o que Otacílio?
Otacílio responde:
– Uai, cum a possante aqui. Mais si ocê acha qui ela num güenta puchá, pudemo intão casá uma cacha de cerveja?
– Combinado, ta casada a cerveja. Então Otacílio amarrou o cabo de aço do caminhão carregado à traseira da romiseta, engatou a primeira marcha e saiu puxando. O motorista com os olhos arregalados, nem conseguia acreditar no que estava vendo. Otacílio passou a segunda, a terceira e a quarta marcha e foi subindo a serra rebocando o caminhão.
Quando 04 km depois a romiseta começou a soltar uma fumaça preta, fedida e a fazer um barulho estranho. Esperançoso de ainda ganhar a caixa de cerveja o motorista grita esperançoso:
– A lambretinha é forte, mas num ta agüentando né?
E Otacílio responde:
– Nada dissu sô, é qui eu isqueci o frei de mão puxadu!
Em Cariaçu, no ano de 2.047, o Promotor de Justiça chama sua primeira testemunha, que era o Otacílio já com 94 anos, para começar a construir uma linha de argumentação. O Promotor pergunta para ao Otacílio:
– O senhor me conhece, sabe quem eu sou e o que faço?
– Claru que eu o cunheçu, Dinorá! Eu o cunheci bebê. E, francamente, ocê me decepcionou. Ocê menti, ocê trai a confiança dus amigus, tenta manipular as pessoas, ocê ispalha buatos e adora fofocas. Ocê acha qui é influente e respeitadu na cidade, quando na realidade ocê é apenas um coitadu. Ah, se eu te cunheçu!
O Promotor fica petrificado, incapaz de acreditar no que estava ouvindo. Ele fica mudo, olhando para o juiz e para os jurados. Sem saber o que fazer, ele aponta para o advogado de defesa e pergunta para o Otacílio:
– E o advogado de defesa, o senhor o conhece?
Otacílio responde imediatamente:
– O Marcelu? É claro que eu o cunheçu o Marcelo desde criancinha!
Eu cuidava deli pra a Mariana, a mãe deli. E ele também me decepcionou. É priguiçosu, falsu puritanu, alcoólatra, sempre quê dá lição de moral nus otros sem tê ninhuma pra ele. Eli não tem ninhum amigo e ainda conseguiu perder quase todos os processus em qui atuou.
Neste momento, o juiz pede que o velho Otacílio fique em silêncio, chama o Promotor e o advogado perto dele, se debruça na bancada e fala baixinho aos dois:
– Se algum de vocês perguntar a este velho tagarela se ele me conhece, vai sair dessa sala preso! Fui claro?!
Neste mesmo ano de 2.047, Otacílio já com seus 94 anos e detestando dar trabalho para outras pessoas, resolver ir conhecer um asilo de idosos. Lá chegando, sentou-se num sofá, na sala de espera enquanto aguardava o atendente responsável. Então Otacílio começou a pender, vagarosamente, para a esquerda. Um médico passou e vendo ele assentado meio que de lado disse:
– Deixe-me ajudá-lo. E empilhou vários travesseiros no lado esquerdo do velho Otacílio para ajudá-lo a manter-se ereto.
Então Otacílio começou a pender, vagarosamente, para a direita. Um funcionário percebeu e empilhou mais outros travesseiros no lado direito dele.
Então Otacílio começou a pender para frente. Mas passando ali a enfermeira, largou a bandeja e rapidamente empilhou vários travesseiros na frente dele.
A essa altura chega o atendente responsável e vendo o Otacílio todo ajeitado em travesseiros, pergunta:
– E então Sr. Otacílio, aqui não lhe parece um bom lugar?
Otacílio responde:
– É sim. Todus são muitu atenciosus… Mas num dexam a genti dar um “pum” sussegadu!
Nas ensolaradas tardes das Minas Gerais, um padre aproveitando as alamedas rurais de Cariaçu, passeava todo feliz em seu automóvel novo se deleitando com a paisagem paradisíaca. Então, após uma curva e sobre uma ponte ele se depara com o Otacílio com seu jipe parado.
– Qui bom qui é o sinhô, seu padri. Cabo minha gasulina! O padre sovina como sempre, pensando na gasolina que teria de ceder ao Otacílio, procurava uma boa desculpa e então:
– Mas Otacílio, onde está sua fé? Na bíblia não mostra que o Senhor Jesus transformou água em vinho e carne morta em carne viva? Otacílio muito surpreso responde:
– Ta sim seu padri!
– Então meu filho, tenha fé e transforme a água em gasolina! Agora eu preciso ir. Otacílio responde de pronto:
– Seu padri, o sinhô tem toda razão. Pegou rapidamente o galão, desceu até o córrego debaixo da ponte e o encheu de água. Subiu, pôs no tanque, deu partida e foi embora. O padre que tudo presenciou:
_ “Vai ter fé assim nos inferno!”
Conta o Otacílio que certa vez estavam em um avião, o presidente Lula, George Bush e o papa. O presidente lula dormia profundamente, quando Bush percebeu que do lado de fora, havia um capetinha desparafusando a asa. Então se aproximou do papa e disse:
– Iminência, é a sua área de ação. Vê o que dá pra fazer porque mais meia dúzia de parafusos chegaremos primeiro que ele lá no quentinho. O papa se dirigiu ao rabudo e em seu ouvido disse blá, blá e blá… O chifrudo desprezou o papa e continuou a desparafusar a asa. O papa então se dirige ao George Bush e diz:
– Ele gosta de dinheiro Bush. Suborna ele! E assim fez o Bush. Bem no ouvido do rabudo fez aquela proposta. O demo simplesmente nem respondeu e continuou a desparafusar a asa do avião. Decepcionados consigo mesmos e vendo que o presidente Lula dormia um sono tranqüilo, se enfezaram e resolveram acordá-lo.
– Lula, vê se faz alguma coisa ao invés de só dormir. O presidente Lula acordando e se dando conta da situação, vai até o coisa ruim e diz umas poucas palavras no ouvido dele. O pestinha olhando muito assustado para o presidente Lula, deu um grito de pavor e totalmente desesperado pulou da asa do avião.
Lula retornando à sua poltrona para continuar a soneca, foi abordado pelos ofegantes e admirados, George Bush e papa:
– Mas você é um iluminado; Você é um homem santo e ninguém sabia. Só mesmo sendo santo para fazer o que você fez. Lula se ajeitando na poltrona responde:
– Santo não companheiro. Só disse pra ele que se eu fosse pro inferno agora, junto levava o PT.
Conta o Otacílio que certa vez Dinorá vinha bêbado e passando pela porta da igreja, olhou pra dentro e ouviu o padre falar: “quem nunca errou que atire a primeira pedra”. Dinorá pegou uma pedra no chão e tacou no padre bem na cabeça. Depois que se levantou do chão, o padre nervoso fala:
– Dinorá, você nunca errou rapaz?
E Dinorá ainda com a fala mole responde:
– “A essa distância nunca”!
Conta o Otacílio que certa vez seu amigo Dinorá chegou bêbado em casa e após tropeçar e fazer o maior barulho fala com sua esposa:
-Benzinho, nossa casa é mal assombrada!
A esposa responde:
-Porque diz isto Dinorá?
– É que eu fui ao banheiro e quando abri a porta, a luz ascendeu sozinha. Então fechei a porta e a luz apagou sozinha. Fiquei com medo então fiz meu xixi bem rapidinho e vim aqui pro nosso quarto. A esposa retruca brava:
-Ah Dinorá, fez xixi na geladeira de novo!
Conta o Otacílio que certa, seu amigo Roque santeiro estava com mania de ver disco voador e queria muito conversar com extras terrestres.
Certa manhã ao sair de sua cabana ao lado do bambuzeiro, viu atrás de uma moita um vulto encurvado, baixinho, feio e cabeçudo. Emocionado ele grita:
-Aqui é Roque fazendo contato.
E detrás da moita uma voz responde:
-Aqui é o Sergio Torto fazendo coco.
O Otacílio conta que certa vez seu amigo Cramu após pintar de loiro o cabelo, batia com sua cabeça no monitor do computador. Foi quando Otacílio perguntou a ele o que era um furacão? Cramu parando de bater a cabeça, responde:
– Acho que é uma maquina de furar cão.
Otacílio insiste:
– E o que é poluição? Cramu responde:
– Pol u ição… Acho que é um policial grandão. Tentando desviar o assunto Otacílio pergunta:
-Ontem te vi na farmácia querendo comprar um termômetro colorido. Porque colorido? Cramu responde:
– É que desconfiei que minha filha tivesse febre amarela. Otacílio já sem paciência desvia o assunto:
– Porque estava batendo a cabeça no monitor do computador, quando eu cheguei?Cramu responde:
– É que eu queria entrar na internet. O Otacílio permanece calado e então Cramu pergunta:
– Você me viu ontem andando de cavalo na festa de rodeio? Otacílio responde:
– Vi sim. Foi a primeira vez que um burro cavalgando outro.
Otacílio contou que certa vez seu amigo Zé Roberto pescava nos poços do rio buquira, quando um senhor engravatado chegou, olhou e perguntou:
-Neste rio dá muito peixe? Zé Roberto responde:
– Dá sim senhor! Hoje mesmo já peguei 500 kg de traíra, 200 de pirapitinga e 300 de cascudo.
O homem engravatado muito bravo disse:
-O senhor sabe com quem está falando?
Zé Roberto responde:
– Não senhor!
-Sou Delegado do IBAMA e o senhor está preso por crime contra o meio-ambiente. Zé Roberto retruca:
-E o senhor sabe com quem ta falando?
-Não! Respondeu o engravatado.
“Zé Roberto levantou, encarou e disse:
– Sou o maior mentiroso dessas bandas”.
Otacílio conta que seu amigo Dinorá de Cariaçu gostava muito da sogra. Todos os dias ele ia num bar a 04 quilômetros, aproximadamente, buscar um maço de cigarros pra ela.
Certa manhã a velha faleceu e Dinorá sempre muito generoso, para despedida da sogra, colocou no caixão 20 pacotes de cigarro. Então no enterro Otacílio pergunta:
_ Dinorá, realmente você gostava da sua sogra? E ele respondeu que a adorava. Então Otacílio indaga:
_ Já que lhe pos tantos maços de cigarros, põe também alguns isqueiros. E Dinorá responde:
_ Liga não Otacílio, para onde essa veia vai tem muito fogo.
Otacílio contou que estavam na China um brasileiro, um americano e um argentino.
Estavam se drogando com um baseado. Mas até na China fazer uma besteira desta é proibido e a polícia chinesa os pegou em flagrante. Presos, foram mandados ao Mandarim pra receberem sua sentença.
O Mandarim deu uma bronca enorme e disse que cada um ia receber 20 chicotadas como punição. Só que estavam em transição entre o ano do cão e o do rato, então cada prisioneiro tinha direito a um pedido:
– Você americano. Seu país é racista, capitalista e eu odeio vocês, mas promessa é promessa! Qual o seu desejo, desde que seja não escapar da punição?
– Quero que amarrem um travesseiro nas minhas costas! O mandarim responde:
– Que assim seja!
E tome as chicotadas com o travesseiro nas costas. Lá pela décima chicotada o travesseiro cedeu e o americano levou 10 chicotadas.
– Sua vez argentino! Seu povo é muito arrogante e trapaceiro. Odeio vocês, mas promessa é promessa! Qual o seu desejo?
– Que amarrem 02 travesseiros nas minhas costas!
E assim foi. Lá pela décima quinta chicotada os travesseiros cederam e o argentino tomou 05 das 20 chicotadas. Mas ficou feliz porque passou a perna no americano!
Chegou a vez do brasileiro.
– Ora, ora, você é brasileiro… Povo simpático, bom de futebol, humilde… Como eu gosto do seu povo você terá 02 pedidos ao invés de um!
– Bom senhor, eu desejo levar 100 chicotadas ao invés de 20…
– Espantoso, humilde e corajoso! Mas porque escolhe 100 chicotadas e não as 20?
– É que assim todo o planeta vai ver que para o combate às drogas, até a justiça da china funciona.
– Humilde, corajoso e… Sábio! Seu pedido será realizado!
Qual o segundo pedido?
– Amarra o argentino nas minhas costas!
Uma mãe preocupada com a quantidade de palavrões que seu filho dizia, foi pedir ajuda ao padre da paróquia.
O padre deu o seguinte conselho:
-Leve este caderno e anote cada vez que seu filho disser um palavrão.
No final do mês, desconte dez centavos por palavra da mesada do menino e os
doe à igreja “.
No final do mês, o padre foi visitar a família e a primeira coisa que fez foi conferir o caderno. Contou os palavrões e disse:
– Você proferiu 99 palavrões esse mês! Isso é terrível! Sua mãe descontará R$9,90 da sua mesada”.
-Vamos acertar logo isso, disse o menino.
Sem esconder a irritação tirou uma nota de R$10,00 do bolso e entregou ao padre.
-“Mas eu não tenho R$0,10 de troco”.
-Então seu padre, o senhor vai pros quinto dos infernos e fica tudo certo “.
George Bush vai a um colégio de ensino fundamental para falar sobre a guerra. Após seu discurso, ele diz às crianças que podem perguntar qualquer coisa a ele. Luizinho levanta a mão. Bush pergunta:
– Qual seu nome?
– Luizinho.
– E qual é a sua pergunta Luizinho?
– Tenho 03 perguntas. Primeira: Por que os EUA invadiram o Iraque sem o apoio da ONU?
Segunda: Por que o senhor é presidente se Al Gore teve mais votos que o senhor?
Terceira: O que aconteceu com Bin Laden?
Quando Bush se preparava para responder a pergunta, o sinal do recreio tocou. Bush disse às crianças que continuariam depois do recreio.
Quando acaba o recesso, Bush pergunta:
– Onde estávamos? Ah, sim! Estávamos nas perguntas. Alguém quer me perguntar alguma coisa?
Outro menino levanta a mão. George pergunta a ele como se chama.
– Geaze .
– E qual é a sua pergunta, Geaze?
– Tenho cinco perguntas:
Primeira: Por que os EUA invadiram o Iraque sem o apoio da ONU?
Segunda: Por que o senhor é presidente se Al Gore teve mais votos que o senhor?
Terceira: O que aconteceu com Bin Laden?
Quarta: por que o sinal do recreio tocou 20 minutos antes?
E quinta: Cadê o Luizinho?
Dinorá e família almoçavam quando, de repente, a filhinha de 10 anos comenta tristemente:
“- Tenho uma má notícia… Não sou mais santa!” E começa a chorar, visivelmente alterada, com as mãos no rosto e um ar de vergonha.
Um silêncio sepulcral. E Dinorá e esposa começam a trocar acusações mútuas…
– Você, sua mãe postiça! Isto é por você ser como é! Claro, com este exemplo que a menina vê todo dia…
A mãe não agüenta mais e revida, gritando:
– Aaaahhhhh, é isto? E quem é o imbecil que gasta metade do salário com coisas que não prestam e ainda esconde estas coisas num saveiro aqui na garagem de casa? Pensa que somos cegas?
E, além disto, que exemplo pode dar se, desde que assinou esta maldita TV a cabo, passa todo os finais de semana assistindo a filmes de quinta categoria?
Desconsolada e à beira de um colapso, a mãe, com os olhos cheios de lágrimas e a voz trêmula pega ternamente na mão da filhinha e pergunta baixinho:
– Como foi que isso aconteceu, filhinha?
E entre soluços a menina responde:
– A professora me tirou do presépio! E a santa agora é a Vanessa, eu vou fazer a vaquinha…
Otacílio comentou que certa vez Dinorá ainda com cabelos loiros encontrou uma amiga que não via há muito tempo.
– Menina, como você está diferente! Raspou o cabelo… Ta moderna.
Mas Dinorá…
Ele continuou
– Ta mais magra… Bonita…
Mas Dinorá…
Ele insistiu em falar:
– Então, me conta, o que você anda fazendo da vida?
Dinorá, estou fazendo quimioterapia…
Ele responde emocionado:
– Ah que legal! Na PUC ou na Federal?
Uma senhora comprou um Mercedes zero e orgulhosamente saiu da concessionária dirigindo-o. No meio do caminho percebeu que não conseguia mudar as estações do rádio do carro, e retornou para reclamar com o vendedor. Este, muito solícito, explicou-lhe:
– Desculpe, senhora. Esqueci de avisá-la que este é um rádio de última geração e tecnologia altamente sofisticada; para ativá-lo basta usar sua própria voz pedindo o gênero musical. Por exemplo:
-Música sacra!
E o rádio: – “Aleluia… Aleluia…”
O vendedor prosseguiu:
– Outro exemplo: Pagode!
E o rádio: – “Vai vadiar, vai vadiar…”
A mulher ficou maravilhada, agradeceu e saiu dirigindo satisfeita.
Algumas quadras adiante, diz:
– Rock and roll!
E entra uma música dos Rolling Stones.
Deslumbrada, ela mal percebe a aproximação de outro carro pela contramão, e num reflexo, tira a Mercedes do caminho, salvando-se da batida. Após se desviar ela grita nervosa:
– Seu descontrolado!
No mesmo instante a música pára e o rádio emite a seguinte mensagem:
– “Interrompemos nossa programação para ouvir um pronunciamento do Excelentíssimo Senhor Presidente da República…”.
Otacílio contou certa vez que a filha de seu amigo fez 18 anos. Estava todo feliz por emitir o último cheque da pensão que paga à ex-mulher. Chega para a filha e pede que lhe conte a cara da mãe, ao dizer-lhe que é o último cheque que ela verá da parte dele. A filha entrega o cheque à mãe e volta à casa do pai para lhe dar a resposta.
– Diga filha, qual foi a reação dela?
– Ela mandou lhe dizer que “você não é o meu pai”.
Otacílio contou que certa vez em Cariaçu ele namorou uma negra muito bonita.
O irmão dela de 09 anos, negrinho bonito também, estava brincando com umas tintas, e resolveu se pintar de branco.
Saiu correndo pra mostrar pra mãe:
– Mãe! Eu sou branco, eu sou branco!
– Larga de ser idiota moleque!
E deferiu um tapa no seu traseiro. Aí ele correu pro pai:
– Pai olha só, eu sou branco, eu sou branco!
– Deixa de ser mongolóide, menino!
E deferiu outro tapa no traseiro do garoto…
Aí o negrinho bonito, mas já assustado, encontrou o tio:
– Tio, eu fiquei branco, eu fiquei branco!
– Para com isso seu demente! E deferiu um terceiro tapa no seu traseiro
– A criança ficou quieta e pensou:
– Fiquei branco só por 15 minutos, e já estou morrendo de raiva ódio dessa cambada de…”
Otacílio interrogava um mendigo:
– Mas rapaz, o Dinorá te dá um pão e você agradece jogando uma pedra na vidraça dele?
O mendigo responde:
-Foi isto não seu Otacílio, aquilo que eu acertei na vidraça dele é o pão que ele me deu.
Otacílio e seu amigo Pedro Fruta, no meio rural de Cariaçu entraram numa chácara e deram de cara com uma tabuleta que dizia:
– Cuidado com o papagaio!
Os dois caíram na risada, quiá-quiá-quiá.
O papagaio ouvindo os risos grita:
-Pega, Rex!
Otacílio contou que um amigo seu trabalhava como motorista. Dinorá estava bêbado e ao entrar no ônibus, grita:
– Daqui para cá é só maconheiro e xincheiro, e daqui para lá é tudo ladrão e safado. O motorista ouvindo os insultos aos passageiros freia bruscamente e todo mundo cai um sobre o outro e vira aquela quiçaça.
-Quem é maconheiro, xincheiro, ladrão e safado aqui Dinorá? Pergunta o motorista.
E Dinorá bêbado responde:
-Xiiii agora num sei mais, misturou tudo…
Otacílio contou que havia um coveiro que adorava sua profissão. E um dia estava cavando e cavou um buraco de uns 05 metros. Sem conseguir sair do buracão, ele pediu socorro, e gritou, e gritou… Anoiteceu e lá pela meia noite, com muito frio e com fome, ouviu alguns passos, e gritou mais uma vez por socorro. Também ascendia e apagava seu isqueiro causando pequenos fleches de luz na esperança que alguém visse.
Esta foi sua sorte, pois lá em cima vinha o bêbado Dinorá que tinha deficiência auditiva, vendo os fleches do isqueiro localizou o coveiro preso na cova.
O coveiro ao ver o Dinorá gritou:
SOCORRO, POR FAVOR, ME AJUDE, ESTOU COM MUITO FRIO!!!
Dinorá respondeu com a língua enrolada pela cachaça: Eu sou meio surdo, num ouço direito.
Então o coveiro em desespero ascendeu seu isqueiro que já estava acabando o gás, e através de sinais estava dizendo:
– Estou com muito frio e… Mas o gás do isqueiro acabou.
Dinorá entendendo os sinais do coveiro responde:
– Claro que você está com frio! Alguém descobriu a terra de cima de você pobre mortinho, mas vou te cobrir de volta.
Certa vez um bêbado no ônibus assentou-se do lado do Dinorá e tomado pela coragem da cachaça diz:
– Ô Dinorá, mas você é mais feio que o cão chupando manga, heim!
Dinorá respondeu:
– Olha só quem fala? Um bêbado!
O bêbado retruca:
– É, mas o meu problema pela manhã já vai ter passado…
Otacílio trabalhou uma época como supervisor de clínicas psiquiátricas. Chegando em uma destas grandes bem estruturadas, junto do Sr. Dinorá, diretor da clínica, fazia a supervisão.
Ao adentrarem no salão das refeições se deparou com um louquinho pendurado no candelabro do teto. Rapidamente Otacílio diz a Dinorá:
– Santo DEUS, o que é aquilo?
Dinorá responde:
– Ah, é que ele pensa que é uma lâmpada.
Otacílio muito precavido dá a ordem:
-Tirem este homem de lá antes que ele caia e machuque.
Dinorá visivelmente alterado retruca:
– Mas o senhor vai nos deixar no escuro?
O bêbado atravessou a rua e perguntou pro Dinorá: Meu amigu ondi fica ooo otro ladu da rua?
Dinorá responde: Esta vendo a outra calçada ali ó? Então, é lá!
O bêbado retruca: “Maiissss eu tava lá e me falaram que era aqui?
A velhinha no tribunal conta calmamente para o juiz:
– Estava deitada na rede, numa tarde, quando o Dinorá se aproximou.
– A senhora o conhecia?
– Só de vista, mas ele foi muito amigável!
– O que aconteceu depois?
– Ele começou acariciar minha nuca…
– E a senhora o deteve?
– Não!
– Por que não o deteve?
– Foi muito bom… Ninguém havia feito isto desde que meu marido faleceu há quarenta anos atrás.
– O que aconteceu depois?
– Ele começou acariciar minha barriquinha!
– A senhora o deteve então?
– Não, de jeito nenhum!
– Como não?
– É que me fez sentir viva de novo!
– O que aconteceu depois?
– Bem, eu me senti muito quente, e disse:
-Sou toda sua, Dinorá!
– E ele topou?
– Não! Foi aí que ele gritou: “primeiro-de-abril!”. Foi quando dei os seis tiros nele…
O pastor “pedir mais cedo” estava sendo conduzido em sua limusine para seu sitio, quando observou dois homens maltrapilhos comendo grama ao lado da estrada. Ele ordenou imediatamente ao motorista que parasse, saiu do veículo e perguntou:
– Por que vocês estão comendo grama?
– Porque nós não temos dinheiro para comprar comida, respondeu um dos homens.
– Bem, você pode vir comigo para o sítio disse o pastor.
– Senhor, eu tenho uma esposa e três filhos aqui.
– Traga-os também replicou o pastor.
– E quanto ao meu amigo?!
“Pedir mais cedo” virou-se para o outro homem e disse:
– Você pode vir conosco também.
– Mas, senhor eu também tenho esposa e seis filhos, disse o segundo homem:
– Eles podem nos acompanhar também, disse o pastor enquanto se dirigia de volta à limusine. Todos se acomodaram como puderam na limusine, e quando já estavam a caminho, um dos acompanhantes disse:
– Como podem ainda falar mal da sua pessoa?
O senhor é mesmo um pastor!
Obrigado por nos ajudar. O pastor “pedir mais cedo” respondeu:
– De nada irmão! É que eu sou assim mesmo, caridoso, boa praça e generoso. Além do mais vocês vão adorar meu sitio, “a grama lá ta com dois palmo de altura”.
Um advogado estava correndo com sua BMW e passou correndo numa placa de pare… O Otacílio que na época era chefe dos guardas de trânsito local perguntou porque ele não tinha parado o veículo…O advogado disse que diminuiu a velocidade… Então o Otacílio disse:
-Mas ali estava escrito para parar, não para diminuir! E o advogado diz:
-Eu sei que o seu trabalho é muito importante e coisa e tal…Mas se você me mostrar a diferença entre parar e diminuir eu vou pra casa com uma multa! Então saia do veículo, disse Otacílio… Quando o advogado saiu do carro, Otacílio e sua equipe cobriram o advogado de socos, pontapés, chutes, tapas na cara,… O advogado já todo roxo disse:
-Para! Para! Para pelo amor de DEUS!
Otacílio então pergunta:
– Você quer que eu pare ou que eu diminua?
Quando o Otacílio trabalhava na máfia italiana. Certo dia, o chefão descobriu que seu contador havia desviado dez milhões do caixa. O contador era surdo-mudo. Por isto fora admitido, pois nada poderia ouvir e, em caso de um eventual processo, não poderia depor como testemunha.
Quando o chefão foi dar um arrocho nele sobre os 10 milhões, levou junto o Otacílio porque sabia a linguagem de sinais dos surdos-mudos.
O chefão perguntou ao contador:
– Onde estão os 10 milhões que você levou?
E o Otacílio usando a linguagem dos sinais, transmitiu a pergunta ao contador, que logo respondeu em sinais:
– Eu não sei do que vocês estão falando.
Otacílio traduziu para o chefão:
– Ele disse não saber do que se trata.
O mafioso sacou uma pistola 45 e encostou-a na testa do contador, gritando:
– Pergunte a ele de novo.
Otacílio sinalizando, disse ao infeliz:
– Ele vai te matar se você não contar onde está o dinheiro. Você sabe que ele te mata mesmo!
O contador sinalizou em resposta:
– OK, vocês venceram, o dinheiro está numa valise marrom de couro, que está enterrada no quintal da casa de meu primo Dinorá, no nº 300, da Rua 26, no bairro São Mateus!
O mafioso pergunta:
– O que ele disse?
E Otacílio responde:
– Ele disse que não teme maricas e que você não é macho de puxar esse gatilho…
Otacílio contou que certa vez em Cariaçu, um caçador e um pescador, ambos muito conhecidos pelas mentiras que pregavam, se encontraram em um bar.
– Na semana passada eu tinha ido pescar truta lá na serra do capim azul. A noite tava gelada e escura, mas na esperança de pegar uns bagres eu insisti na pescaria. Foi então que senti o puxão na vara e fisguei. Pra minha surpresa compadre, tinha fisgado um lampião aceso!
Então o outro respondeu rápido:
-É compadre, na semana passada eu tinha saído pra caçar capivara. Já na beira do rio o totó acuou o bicho e ela mergulhou na água. Quando ela saiu do outro lado, eu tava lá esperando a danada e “bummm”, acertei de cheio. Mas compadre era um mundo de uma capivara. Mas era tão grande, mas tão grande, que só a foto dela pesava uns 04 kg. E isto porque era foto 3 X 4 !!!
O outro responde:
– Compadre, diminui um pouquinho o tamanho da capivara né!
– Só se você apagar o seu lampião!