Seu uso vale por 7 sangrias, daí a origem do nome. A planta é encontrada na América Central e do Sul, desde o México até o Uruguai.
Cuphea calophylla Cham. & Schlecht.
Nome Popular: Guanxuma – vermelha, erva – de – sangue.
Família: Lythraceae.
Aspectos Agronômicos:
Reproduz-se por sementes, preferindo solos arenosos, úmidos, férteis e ricos em matéria orgânica.
Fortalece quase o ano todo, sendo a época de maior florescência os meses de junho e julho.
A planta inteira pode ser colhida em qualquer época do ano.
O gênero Cuphea apresenta cerca de 250 espécies que em sua maioria vivem em lugares úmidos, é de origem centro e sul-americana, com bastante representatividade no Brasil. Muitas espécies ocorrem como infestantes, mas são raras as situações em que a intensidade das infestações é grande. Muitas plantas do gênero Cuphea são conhecidas vulgarmente como “sete-sangrias”, numa alusão de que um tratamento com as plantas equivale ao resultado obtido por sete sangrias (tratamento comum no passado). A planta originalmente denominada de “sete sangrias” é Cuphea balsamona (Cham. & Schlecht.), tendo sido indicada para a cura de febres intermitentes e disenterias graves. Atualmente há um grande interesse em estudar a viabilidade de explorar comercialmente plantas do gênero Cuphea melhoradas ou geneticamente alteradas pela capacidade destas plantas em produzir ácidos graxos saturados de cadeias médias e curtas (com 8, 10 e 12 carbonos) que são armazenados nas sementes em combinação com glicerol, com possibilidades de uso em lubrificantes sintéticos e plastificantes.
Cuphea calophylla, uma das plantas do grupo das “sete-sangrias”, é nativa no Brasil e é uma planta perene, reproduzida por semente, preferindo locais úmidos e solo fértil. Floresce durante praticamente todo o ano, com maior intensidade durante o verão. Frequentemente é infestante em gramados, parques e outras áreas pouco cuidadas. A origem do nome vem do grego “kuphos”, giba (por causa da base gibosa do cálice), “kalós”, belo, e “phyllon”, folha. A ssp. calophylla é relativamente rara, mas ocorre na Região Sul do Brasil. A ssp. mesostemon, uma subespécie da Cuphea calophylla, é de ocorrência bastante freqüente no Brasil, ocorrendo também na Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai.
Parte Usada:
A planta inteira. As partes utilizadas são as raízes. A erva é usada medicinalmente, internamente para combater a febre, cólicas durante o ciclo menstrual, disenterias graves e como diurético, usualmente na forma de infusão de cerca de 20 gramas das raízes em um copo de água fervente.
Constituintes Químicos:
Mucilagens, resina, óleo essencial, pigmentos flavonoides.
Conhece-se pouco fitoquimicamente, seus princípios ainda estão em estudo.
Uso:
* Fitoterápico:
Tem ação: depurativa, sedativa do coração, diaforética, anti – sifilítica, anti-inflamatória das mucosas, antitérmico na febres intermitentes, balsâmico, hipotensora, anticolinesterásica, antirreumática, depurativa do sangue, anti-arteriosclerótica, combate disenterias e auxilia na eliminação de ácido úrico.
É indicada:
-arteriosclerose;
-hipertensão arterial;
-palpitações do coração;
-males do estômago;
-intestinos;
-reumatismo;
-afecções da pele;
-doenças venérias;
-febres intermitentes;
-respiração difícil;
-nervosismo.
* Farmacologia:
Esta planta, contém princípios depressores do sistema nervoso central. Possui ainda atividade anticolinérgica e um efeito músculo trópico independente, capaz de potenciar efeito contrátil máximo de um agonista. (Teske; Trenttini; 1997).
Riscos: Seu uso não é aconselhado a crianças.
Uso Interno:
Para adultos, chá por infusão (folhas e flores) ou decocção (caule, ramos e raízes, os quais devem ser fervidos por 15 minutos), utilizando-se duas colheres (sopa) de sete sangrias para 1 litro de água. Tomar 4 – 5 xícara do chá morno, sem adoçantes, diariamente.
Uso Externo:
Compressas: 6 colheres (sopa) da substância para 1 litro de água.
Infuso ou decocto a 2%: fr 50 a 200mL por dia.
Extrato fluido: 1 – 4mL por dia.
Tintura: 20 – 80mL por dia.
Xarope: 20 – 80mL por dia.
Bibliografia:
-Panizza, S. Cheiro de Mato. Plantas Que Curam. São Paulo: IBRASA, 1998, p. 187-188.
-Sanguinetti, E.E. Plantas Que Curam. Porto Alegre: Rígel, 2º edição, 1989. p.182.
-Teske, M.; Trenttini, A.M.M. Compêndio de Fitoterapia. Paraná: Herbarium, 3ºedição, 1997, p.260-261.