Certa vez durante uma palestra aqui no Céu Nossa Senhora da Conceição havia algumas pessoas que freqüentavam o cefluris e eram adeptas de drogas como a santa maria (maconha) e outras coisas, as quais se sentiam ofendidas com as verdades que eu expunha e que inclusive a ciência comprova.
Então um deles com visível malícia perguntou:
– Senhor Gideon, mas a verdade não é diferente para cada um?
Respondi:
– Apenas a perspectiva da visão que se tem é que é diferente, mas a verdade é uma só. Querer ver de fato o que se passa sem deixar que tua mente racional ou ego interfira de forma conveniente na visão, esta é a questão. A disposição corajosa de enxergar de fato, independente se vai gostar ou não do que vai ver, independente se vai descobrir ou não que por muito tempo esteve defendendo verdades efêmeras, que esteve andando em círculos por anos a fio, que toda a sua grandeza espiritual ou de quem você reverenciava é pura ilusão, isto é o que faz “a diferença”.
O seu colega do lado indignado com a sensatez da resposta, pois também se sentia atingido pela verdade que santa maria e maconha não se difere, com visível alteração indagou-me:
– Mas então o que é verdade?
Respondi:
– É querer enxergar, é querer ver. As palavras falam por si mesmas. Veja: VERDADE = VER + DADO, ou seja, dado a ver, dado a visão. Ficar praticando coisas e defendendo atitudes apenas porque uma religião diz ser correto, pode ser um grave equivoco e lhe impedir de VER + DADO = Verdade, em prejuízo exclusivamente seu. Todo ser humano precisa andar no bom senso racional e espiritual, sair da fé cega religiosa questionando a veracidade dos ensinos religiosos que estão lhe passando, porque podem ser dogmas e tabus vindos de usos e costumes criados por espíritos tacanhos. Razão e intuição precisam andar sempre em paralelo, mas o cego não vê e não verá, ensinou o Mestre de todos os Mestres.
O terceiro membro do grupo que era uma moça de uns 25 anos também adepta da maconha como santa maria, mais indignada ainda do que os outros três, me perguntou visivelmente alterada:
– Mas então qual é a melhor religião?
Foi fácil ver a real intenção maliciosa da moça. Ela queria que eu respondesse que era o xamanismo. Coitada, nem mesmo sabe que xamanismo não é religião e nem uma filosofia, mas sim “integração”. Com muita paz respondi a ela:
– É aquela que te faz crescer e manifestar melhor a verdade.
Então os três quase como que combinado, perguntaram impetuosos:
– Mas qual me faz manifestar a verdade?
Respondi:
– Aquela que o torna mais sincero consigo mesmo, que aumente a sua sensibilidade, que te faz mais amoroso e respeitador com todas as formas de vida, que te transforme em um espírito liberto e responsável adiante do plano espiritual. É aquela que te ensina a andar sobre as próprias pernas ao invés de lhe dar muletas, que ensina que você faz diferença e principalmente, é aquela que mostra que DEUS os ama tanto que se compadeceu do sofrimento de vocês três e ordenou aos teus anjos que os trouxessem até aqui, hoje, para que pela primeira vez na vida, vocês tivessem um íntimo contato com ELE.
Com lágrimas nos olhos se calaram, participaram do trabalho e receberam as bênçãos do alto, se libertaram dos grilhões das drogas e hoje, dois anos após, estão para abrir uma igreja irmã.