Chapéu de Couro é uma planta comum, muito utilizada para depuração do sangue, encontrada à beira dos rios brasileiros, que pode atingir de 1 a 1,5m de altura, com flores hermafroditas bastante numerosas, mais encontrada nos estados de Minas Gerais ao Rio Grande do Sul.
Nome Popular:
chá – de – pobre, chá – de – brejo, chá – mineiro, chá – de – campanha, erva – de – bugre, erva – do – pântano, congonha – do – brejo.
Nome científico: Echinodorus macrophyllum
Família: Alismatácea
Indicações e Usos: O uso constante de chapéu-de-couro faz com que, em pouco tempo, os efeitos benéficos da planta sejam sentidos em todo o organismo. As manchas, cravos e espinhas desaparecem da pele; a energia e o bem-estar voltam, o humor melhora. Isto acontece porque as folhas desta planta brasileira fazem os rins, o fígado e os intestinos funcionarem melhor, eliminando todas as toxinas que, permanecendo no corpo, comprometem a saúde. Além disso, ela ainda tem boa atuação na depuração do sangue, o que a torna indicada como remédio auxiliar no tratamento de artroses, do ácido úrico, do artritismo e das demais formas de reumatismo. Poderoso anti-séptico das vias urinárias. O chá também é indicado nos regimes de emagrecimento, já que além de ajudar na eliminação da água e da gordura, fortalece os nervos e aumenta a energia
Aspectos Agronômicos:
A reprodução é feita por sementes e cresce espontaneamente, em solos de várzeas, principalmente em baixadas pantanosas, margens de rios, lagos e canais de drenagem. Também pode ser cultivada pelos brotos laterais que nascem da planta – mãe. A colheita ocorre a qualquer época do ano.
Origem: Sul do Brasil, abrangendo os estados de Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, se estendendo até a Argentina.
Constituintes Químicos:
-sais minerais;
-tanino;
-iodo;
-flavonóides;
-triterpenos;
-heterosídeos cardiotônicos;
-resina e alcalóides.
Obs: Planta pouco estudada Fitoquimicamente.
Parte Utilizada: Folhas
Aspectos Históricos:
O Chapéu – de – couro cresce em várias regiões do Brasil, no interior é uma planta muito apreciada pela medicina popular que lhe atribuiu inúmeros poderes terapêuticos.
Uso:
* Fitoterápico:
Tem ação: energética, diurética, depurativa, anti – reumática, laxativa, hepática, colagoga, anti-inflamatória e adstringente.
É indicada:
-reumatismo, artritismo, gota, nevralgias, acumulo de ácido úrico, hidropisia, edemas, arteriosclerose;
-afecções das vias urinárias (litíase, nefrite, etc.);
-dermatose e erupções cutâneas, picadas de cobra, congestão hepática;
-debilidade orgânica, convalescença de doenças crônicas e hérnias.
* Farmacologia:
Atua no intestino delgado produzindo um efeito laxativo, que está na dependência de sua ação estimulante da bílis. Por sua ação sobre os rins e fígado age melhorando os quadros reumáticos. Pelo aumento no fluxo urinário e sua ação na filtração glomerular, estimula a eliminação de ácido úrico.
Fitoterápica:
Infuso ou decocção: 20g de folhas verdes por litro de água. Tomar 3 a 4 xícaras por dia.
Tintura: 1 colher (sopa) a cada 8 horas.
Pó: 300 a 600mg, três vezes ao dia.
Bibliografia:
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