É uma planta medicinal encontrada no Norte e no Centro da Europa, na Ásia temperada, ao sul até Cashimira, a leste até o Japão, ou seja em regiões úmidas e ensolaradas, porém não muito quentes. Ela medra em locais cheios de lodo, junto às poças, na beira dos riachos e lagos, nos alagados, turfeiras e junto aos ameeiros.
Cicuta virosa L.
Na Cicuta aquática, o elemento aéreo penetra de maneira muito intensa no elemento aquoso, dominando este último. O elemento aéreo torna as folhas da Cicuta muito finas, fazendo destas, instrumentos importantes para o ar e a luz, criando um espaço próprio à explosão do processo floral. Este elemento escava tanto no caule, como no rizoma, que submerge na terra, lacunas aeríferas. Na cicuta o elemento aéreo domina o aquoso, a esfera astral penetra profundamente no corpo etérico.
Seu grande rizoma tem a forma de uma cenoura, porém é escavado internamente, contendo grandes lacunas de ar que ocupam inteiramente os espaços internodais e é provido de raízes adventícias que partem de seus nós. Acima do rizoma ascende um caule da espessura de um dedo e com altura de aproximada de um metro. As folhas são grandes e verdes, as inferiores são munidas de longos pecíolos, as superiores estão apoiadas em bainhas abauladas e são finamente recortadas, já através da forma pertencente ao domínio aéreo. As grandes umbelas com numerosos raios portam umbélulas com muitas flores e toda sua inflorescência delicada e leve paira acima da planta. Ao cortarmos o rizoma, ele deixa escorrer um líquido aromático, resinoso, amarelo claro, cujo odor é suave mas atordoante. A resina mole, insolúvel encontrada neste líquido contém o princípio muito venenoso da planta, a cicutoxina, além disso contém um alcaloide, a cicutina. Ao contrário, o fruto seco contém óleo essencial em abundância, tais como cuminol e cimol. O caule principal contém, além da resina venenosa, muito açúcar, fosfato de cálcio e óleos essenciais. Toda a planta, e também o fruto, é aromática, exala um odor de salsão e tem sabor de salsinha.
A intoxicação causada pela cicuta é muito grave e nos revela que a organização astral é totalmente atacada no domínio neurosensorial: vertigens, sonolência, torpor, dilatação das pupilas e também espasmos semelhantes aos da crise epiléptica. Esta intoxicação é seguida de inflamação dos órgãos digestivos que se anuncia por uma sede insaciável, dificuldade de deglutição, paralisia da língua, respiração ofegante e convulsões e são os sintomas que precedem a morte. A autópsia revela que a morte ocorre por asfixia, o pulmão e o cérebro ficam preenchidos de sangue. Isso nos indica que é na região da cabeça e do tórax que a organização astral é atingida; o sangue é transportado para o cérebro e para os pulmões, para o organismo aéreo respiratório, organismo esse que é expelido para fora do ser humano. O quadro clínico desta intoxicação é o inverso do processo vegetal na cicuta, cujo traço mais característico é a penetração do elemento aéreo no domínio da raiz.
As indicações terapêuticas dessa planta são deduzidas dos processos caracterizados acima. Desde a antiguidade esta planta é utilizada pela sua atividade antiespasmódica, antiepiléptica, nas cãibras tetaniformes do maxilar, mas é utilizada principalmente na angina do peito, e algumas vezes também na coqueluche. É utilizada também nos casos de dismenorreia para estimular o corpo astral enfraquecido. Ela pode ser igualmente utilizada como analgésico em unguentos e compressas (raiz ou planta toda), e também para combater as dores da gota ou do reumatismo e até mesmo do câncer. Esta planta é utilizada nos casos de endurecimento ganglionar e em eczemas pustulosos. De uma maneira geral, a cicuta atua beneficamente influenciando um relacionamento entre os processos astrais e etéricos no domínio médio e superior do organismo humano (domínio rítmico e neuro-sensorial).