Arbusto de até 3 metros de altura, com folhas de pecíolo curto, oval-lanceoladas, inteiras, acinzentadas, de até 7 cm de comprimento. Flores brancas ou lilases, formando espigas verticiladas. Flores aromáticas com cheiro de limão, usada como condimento e com fins medicinais.
Lippia citriodora Kunth
Nome Popular: Cidrão, erva – luísa.
Família: Verbanaceae
Propriedades Medicinais: Folhas e flores digestivas, antiespasmódicas, boa para hipocondria, doenças de nervos, melancolia, afecções do coração e histeria, sendo também emenagogas.
Aspectos Agronômicos:
Propaga-se por estacas no fim da Primavera, o solo deve ser leve, bem arejado e alcalino. O solo mais pobre origina plantas mais resistentes, capazes de sobreviver aos invernos frios.
Quanto ao clima elas preferem o sol, em abrigos protegidos de geadas.
A colheita deve ser feita quando as flores começarem a desabrochar.
Uso comercial: Fornece material para indústria de vime e as folhas são usadas para a indústria de perfumaria.
Uso culinário: Como aromatizante de sucos , pães, bolos.
Parte Utilizada: Folha.
Constituintes Químicos:
– ácido valeriânico;
– sesquirtepenos;
– beta – cariofileno;
– óleo essencial (0,1 – 0,2%) composto de:
citral 30 a 35%
limoneno 10 a 18%
álcoois terpênicos: linalol, terpineol;
d- citronelol 10 a 20%
ocasionalmente geraneol
verbenona.
flavonóides.
Origem: América do Sul
Aspectos Históricos:
Existem, curiosamente, poucas lendas e histórias ligadas a esta planta.
A lípia chegou a Europa no século XVIII, trazida pelos espanhóis, que a cultivavam por causa do seu óleo perfumado.
Embora não seja rústica nos climas nórdicos, pode ai resistir a geada, se tiver raízes profundas e se for coberta com palha podada.
Os renovos, por vezes, aparecem muito tarde e, por isso, nunca se devem deitar fora as plantas antes do fim do verão.
Uso:
* Fitoterápico:
Tem ação: antiespasmódica, estomáquica, aromática, diurética, tonificante, anti-inflamatória, sedativa, antinevrálgica, estimulante, neuro – endócrino, antilitíase, adstringente, cicatrizante, galactagogo, expectorante e anti-reumática.
É indicada:
– náuseas;
– indigestão;
– flatulência;
– nervosismo;
– histerismo;
– dores de cabeça;
– arrotos;
– enjoos;
– dores espasmódicas das vias digestivas;
– gazes;
– icterícia;
– má circulação do sangue;
– palpitações cardíacas;
– irregularidades menstruais;
– fadiga;
– inflamação dos olhos.
* Fitocosmética:
– óleo é usado em perfumaria;
– tônico.
* Óleo:
As folhas são usadas em produtos para o corpo e em misturas para saunas faciais para estimular os poros. Limpa e tonifica. Em xampus, ajuda a tirar a oleosidade do couro cabeludo e dá brilho aos cabelos.
* Farmacologia:
Diminui e previne espasmos e cólicas, atuando no tônus intestinal. Atua também como estimulante digestivo, especialmente quando a digestão está muito lenta, ocasionando gases.
Nestes casos a lípia facilita a digestão e favorece a expulsão de gases, aliviando a dor.
Por possuir ação estimulante é utilizada como antidepressiva em casos de angústia e insônia (Teske; Trenttini. 1997).
Uso Interno:
Infuso 0,5 a 2%: 3 xícaras ao dia após as refeições.
Óleo essencial: 2 a 3 gotas, 2 a 3 vezes ao dia.
Uso Externo:
Solução oleosa: 10%, para massagens.
Fitocosmético:
Infuso: 3% como tônico facial.
Bibliografia:
– Teske, M.; Trenttini, A.M.M. Compêndio de Fitoterapia. Paraná: Herbarium, 3ª edição, 1997, p. 197.
– Bremness, L. Plantas Aromáticas. São Paulo: Civilização, 1993, p. 19, – 191.
– Sanguinetti, E.E. Plantas que Curam. Porto Alegre: Rígel, 2ª edição, 1989, p. 91.
– Rose, J. O Livro da Aromaterapia. Rio de Janeiro: Campus, 1995, p. 145.