Esse cardo medicinal pertence também à região mediterrânea; como muitas outras plantas terapêuticas, foi levada na Idade Média, através dos Alpes, até os países do norte.
Cnicus benedictus L./Syn.:Carduus benedictus
Ele é anual, e pode ascender até a altura dos joelhos. Seus capítulos amarelados emergem de tufos de folhas alongadas, com divisões terminadas em pontas e invólucros espinhosos que os envolvem, de maneira a permanecerem profundamente enterrados na região foliar que os envolve numa verdadeira camada de espinhos.
Podemos ver nessa planta forças de condensação excepcionais, e a língua os percebe num sabor extraordinariamente amargo. Além disso, uma substância glicosídica amarga (cnicina) está presente, além de tanino, um pouco de óleo essencial, resina e muita mucilagem.
Aqui também, a ação principal da planta florida se dirige a digestão, ao metabolismo, estômago, fígado e bile. As estases na região do fígado, a icterícia, as hemorroidas, a hidropsia, estão entre indicações desse remédio. Rudolf Steiner o recomendou em associação com a raiz de Paeonia (numa preparação determinada) para combater certas formas de hidropsia dependentes de perturbações renais e hepáticas. Ao considerarmos esse processo floral um pouco atrofiado, realizado por um aparelho foliar exuberante, compreendemos que as ações desse remédio se encontra entre o sistema metabólico e rítmico.