Herbário

Coentro

O nome dessa planta tem origem grega “Koriandron”, que significa percevejo. O coentro é originário das partes orientais da bacia mediterrânea e da Índia. Era conhecido no Egito antigo, onde servia de planta medicinal e sacrificial.

Esta erva é cultivada na medicina e culinária há pelo menos, três mil anos.

Foram trazidos para Europa pelos Romanos. Os chineses chegara a acreditar que a planta conferiam a imortalidade, e na Idade Média faziam parte dos elixires do amor, como afrodisíacos.

Coriandrum sativum L.

Coriandrum sativumNome Popular: Coentro

Família: Umbeliferae

Planta herbácea anual com caule ereto, canelado e ramificado, suportando folhas alternas divididas em segmentos lineares. As folhas inferiores, simplesmente penatissectas, secam rapidamente. As flores brancas ou rosadas estão agrupadas em umbelas compostas. Os frutos são diaquênios. Enquanto não estão maduros, libertam um odor intenso e desagradável.

São os frutos que apresentam interesse medicinal. As umbelas são cortadas (cultura artesanal) ou o conjunto da cultura é colhido (cultura industrial) no começo da maturação. Após uma secagem complementar, os frutos são batidos e submetidos a nova secagem. Devem ser conservados em local seco dentro de recipientes bem fechados. Contêm até 1% de óleo essencial (Oleum coriandri), utilizado na preparação de produtos galênicos como a água real carminativa (Aqua carminativa regia). O óleo essencial pode também ser misturado com açúcar. Frutos Os efeitos do coentro são semelhantes aos da alcaravia. Os aquênios contêm também lipídios, albuminas, taninos, pectina, açúcares e vitamina C. São usados puros ou em misturas, para a preparação de tisanas aperitivas, carminativas e digestivas, que têm igualmente efeito sedativo sobre o sistema nervoso.

Em aplicação externa, a planta seca, assim como o óleo de coriandro, serve, para preparar unguentos destinados a aliviar as dores reumatismais dos músculos e das articulações.

Aspectos Agronômicos:
Reproduz-se espontaneamente, sendo encontrada, às vezes, fora de cultura. Esta planta adapta-se melhor aos solos férteis, ácidos, bem drenados, leves e profundos, necessitando de iluminação plena.
Prefere climas quentes, sendo sensível a temperaturas baixas.
O plantio diretamente no campo com sementes, no princípio da primavera.
A colheita é delicada, pois devem ser cortadas as umbelas quando entre 50 e 60% dos frutos tiverem mudado da cor verde para amarelada.

Farmacologia: Possui propriedades carminativas e estomáquicas.
Usado para corrigir o sabor desagradável de diversos medicamentos; associa-se a certos purgativos com fim de evitar cólicas que estes podem produzir, como se observa com o sene e o ruibarbo.
Tem propriedades excitantes, em doses fracas; quantidades maiores ocasionam uma espécie de embriagues e quando muito elevadas produzem fenômenos tóxicos.

Parte utilizada: Folha, fruto e semente.

Constituintes Químicos:

-óleo essencial contendo coriandrol;
-óleo fixo;
-pectinas;
-taninos;
-açúcares;
-mucilagens;
-amidos;
-flavonoides;
-limoneno;
-terpineno;
-compostos de linalol, pineno, cimeno e pentosanas.

Origem: Região mediterrânea, sendo muito cultivada no Norte da África, em Marrocos, e na Europa.

Uso:

* Fitoterápico:
Tem ação: diurética, antiespasmódica, anti-inflamatórias, carminativas (liberta os gases), tônica, estomacal.

É indicada:
-debilidades estomacais;
-cólicas abdominais;
-flatulências;
-feridas;
-abcessos;
-tumores;
-atonia gastrintestinal;
-apetite excessivo;
-ansiedade e nervosismo.

Riscos: Pode provocar perturbações e lesões renais, quando usada em doses excessivas.

Uso Interno:
Infuso: 1 colher de sopa de folhas, frutos ou flores (todos juntos) picados, para 1 litro de água fervente. Tomar 2 a 3 xícaras por dia.
Infuso: 3-5g para 1 xícara de água fervente.
Pó: 3-5g, após as refeições. Pode ser usado junto com mel.

Uso Externo:
4 a 5 colheres de sopa da substância, para 1 litro de água.

Culinária: As folhas com seu aroma intenso é ótimo tempero para saladas, legumes e aves.

Bibliografia:
-Balmé, F. Plantas Medicinais. São Paulo: Hemus, p. 131.
-Bremness, L. Plantas Aromáticas. São Paulo: Civilização, 1993, p. 39.
-Corrêa, A.D., Batista, R.S.; Quintas, L.E.M. Do Cultivo à Terapêutica. Plantas Medicinais. Petrópolis: Vozes, 1998, p. 112-113.
-Costa, A.F. Farmacognosia. Lisboa: Fundação Calouste Gullenkian, 5ª edição, 1994, p. 513-517.
-Panizza, S. Cheiro de Mato. Plantas Que Curam. São Paulo: IBRASA, 1998, p. 82-83.
-Sanguinetti, E.E. Plantas Que Curam. Porto Alegre: Rígel, 2ªedição, 1989, p. 96.
-Santos, C.A.M.; Torres, K.R.; Leonart, R. Plantas Medicinais. São Paulo: Ícone, 1988, p. 73.

Gideon dos Lakotas

Fundador e idealizador da obra Céu Nossa Senhora da Conceição, materializou esta maravilhosa obra que trouxe tantos benefícios para a humanidade.
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