Cytisus scoparius (L.) LINK.
Mais de 30 espécies de arbustos decíduos e pequenas árvores pertencem ao gênero Cytisus que ocorrem na África do Norte, Ásia Ocidental e Europa. Cytisus scoparius é nativo em brejos, solos não cultivados e bosques na Europa; é uma planta familiar tanto no estado selvagem como em cultivos. A maioria das variantes citadas em catálogos são, de fato, híbridas e não são satisfatórias para uso medicinal. O nome Cytisus vem do grego “kytisos”, termo usado antigamente para descrever várias leguminosas lenhosas e scoparius vem do latim “scopa”, vassoura.
Cytisus scoparius é um arbusto com ramos verdes e angulosos, apresentando diminutas folhas alternas e trímeras. Na parte superior dos ramos, flores solitárias amarelas, parecidas com as de ervilhas, aparecem na axila das folhas durante o verão. O fruto é uma vagem avermelhada. Toda a planta é tóxica. A giesteira-das-vassouras cresce nas encostas ensolaradas, na orla das florestas, freqüentemente formando matagais. No entanto, muitas vezes não resiste ao frio no clima centro-europeu. Foi no século passado que as suas virtudes medicinais começaram a ser intensivamente exploradas. Seus usos medicinais estão listados em todos herbolários europeus mais antigos, sob denominação de “Planta genista” da qual a Real casa britânica de Plantagenet tirou seu nome.
Todas as partes da planta têm interesse farmacêutico: flores, cimeiras, sementes, raízes, mas são mais freqüentemente colhidas as cimeiras. As partes mais tenras dos caules são cortadas à mão, postas a secar à sombra, cortadas depois em fragmentos mais pequenos. Entre as substâncias ativas, a mais importante é o alcaloide esparteína que afeta o coração e nervos de modo semelhante ao curare. A giesteira-das-vassouras contém igualmente glicosídeos, taninos, óleos essenciais, sucos amargos. É uma erva amarga, narcótica que deprime a respiração, regula ação do coração e tem efeitos diurético e purgativo.
A forte toxicidade da planta leva a que raramente seja usada em medicina popular: serve principalmente de matéria-prima que permite isolar as diferentes substâncias ativas. Os remédios à base de esparteína são prescritos em casos de perturbações da atividade cardíaca e da circulação sanguínea. Dilatam as coronárias e aumentam a tensão. Outras substâncias tiradas da giesteira-das-vassouras estimulam a atividade dos músculos lisos e do útero, o que é utilizado em obstetrícia. Têm também um efeito fortemente diurético. A Giesta é também usada em associação com Convallaria majalis, em casos de falha cardíaca. Excesso causa colapso respiratório. Não é recomendado para mulheres grávidas ou pacientes com pressão alta. As doses e a freqüência das administrações devem ser determinadas pelo médico.
As flores amarelas da planta servem de matéria-prima para fabricar um corante. Os ramos secos são utilizados para fazer vassouras (daí o nome vulgar da espécie). Planta sujeita a leis de controle como erva daninha em alguns países, notadamente em partes da Austrália.