Syn.: Carduus marianus
Esse imponente cardo é um dos mais belos, com suas grandes folhas com feixes brancos, largas, muito onduladas, recortadas em lobos pontudos, de efeito escultural. No primeiro ano, na ponta da raiz fusiforme, a folhagem se arredonda em uma semi-esfera achatada; no ano seguinte, ele se soleva um pouco, deixando as hastes florais subirem livremente e ultrapassá-la. Elas se coroam no final, de grandes capítulos espinhosos, cheios de flores tubulares violeta-rosadas.
O Carduus marianus tem como habitat as estepes e os declives pedregosos, ensolarados, secos da região mediterrânea e da Ásia menor. Ali pode se espalhar e atingir a altura de um homem. Na Europa, ela se aclimatou como planta ornamental, tornou-se sub-espontânea, mas exige exposições ao sol. A planta morre depois de frutificar-se. Seus aquênios, convenientemente tratados, são um remédio importante contra as estases hepáticas, as estases sanguíneas no abdômen, eles estimulam a circulação na veia porta, o fluxo biliar, são utilizados na ascite, na icterícia e nos cálculos biliares; eles agem sobre sistema venoso do organismo inferior no caso de varizes, hemorroidas, úlceras nas pernas. A parte ativa é a camada externa da semente, rica em proteínas, com substâncias amargas, óleo essencial, aminoácidos (tiramina, histamina). Segundo o princípio, os aquênios provenientes de uma região tão floral, agem predominantemente sobre o metabolismo do organismo inferior.