O tomilho ou timo é uma erva perene nativa da Europa e aclimatada no Brasil. É um pequeno arbusto com 10 a 30 cm de altura. As pequenas folhas, em forma de ponta de lança, são verde-cinzentas em um dos lados. Na extremidade dos ramos nascem agrupadas as flores, melíferas, rosadas ou brancas.
Thymus vulgaris
Nome Popular: Timo
Família: Labiatae
Aspectos Agronômicos: Se propaga por divisão das touceiras, por estaquia, por mergulhia e por semente. A propagação por semente é a mais aconselhável, pois resulta em plantas mais ricas em seus componentes, mais aromáticas e mais vigorosas.
É uma planta que se cultiva do Ártico aos Trópicos, do nível do mar até em montanhas de 3000 metros de altitude. Contudo, as plantas com melhores qualidades aromáticas são as provenientes de regiões de climas temperados quentes, nos quais as temperaturas giram em torno de 20 ºC ou pouco mais.
O Tomilho prefere solos soltos, profundos, arenosos, bem drenados, com boa exposição à luz solar, e que tenham recebido uma boa calagem para neutralizar uma eventual acidez. Quando cultivado em solos muito férteis e frescos, resulta em plantas com baixas qualidades aromáticas; por isto se dá preferência a cultiva-lo em solos menos férteis, porém soltos e bem drenados.
A colheita é efetuada no momento da floração ou na época correspondente quando cultivado em regiões cuja latitude impeçam formação de fores. Se as plantas estiverem bem desenvolvidas no primeiro ano, se poderá efetuar uma pequena colheita, a partir do segundo ano de vida da cultura se poderão efetuar até dois cortes por ano (o primeiro, no princípio do verão, pouco ante da floração, e o segundo em meados do verão, aproximadamente, por ocasião da floração).
A cultura deve ser renovada a cada 3 ou 4 anos, para que se obtenham plantas de boa qualidade.
Indicações e Usos: Na medicina caseira, usa-se toda a planta florida; na culinária, utilizam-se as folhas e os brotos frescos ou secos e pulverizados. Atua sobretudo no aparelho respiratório e no digestivo. O chá combate cólicas, gases, diarreia, corrimento vaginal e é um ótimo desinfetante em várias doenças gastrointestinais. É comum a utilização desta herbácea no preparo de xaropes e chás contra a tosse, pois atua como calmante para os vários tipos de tosse, inclusive a da bronquite e a da coqueluche. Externamente, o banho com folhas cozidas é indicado para o reumatismo e a gota (em fricções), para crianças raquíticas e debilitadas e pessoas nervosas. É usada também em loções para feridas difíceis de curar e para anginas. Ajuda a clarear manchas causadas por acnes e infecções cutâneas. No couro cabeludo a ação do chá (por cerca de 15 minutos) diminui a queda de cabelos.
Gregos e romanos utilizavam esta erva por suas propriedades medicinais e aromáticas; no Egito e na Palestina, uma das espécies de tomilho era empregada para lavar os mortos.
Parte usada: sementes, sumidade florida e folhas.
Constituintes Químicos:
-Óleo essencial (Fenol , Timol e carvacrol; álcool : borneol, linalol e geraniol)
-Resinas
-Saponinas ácidas
-Sais minerais
-Vitaminas B1 e C
-Pectinas
-Princípios amargos
-Taninos
Origem: Costas europeias do Mediterrâneo.
Aspectos Históricos:
Dizem que seu nome botânico, Thymus, vem do grego “Thymon”, que significa fumigação, e deriva do fato de que era utilizada para perfumar os templos.
Na Roma imperial simbolizava o valor, tanto que os soldados romanos acrescentavam-na à água do banho para adquirir coragem. Durante a Idade Média, fazia parte do ramalhete de ervas, usado pelos nobres como preventivo das pestes, epidemias e enfermidades contagiosas em geral. No séc. XVII entrava, juntamente com cerveja, na preparação de uma sopa tida como muito eficaz contra a timidez.
Usos:
Fitoterápico:
– Má digestão, azia, flatulência, fermentação intestinal, verminose ( inclusive a oxiuríase ), tosses catarrais, tosses espamódicas, astenia nervosa, nervosismo, má circulação periférica, debilidade infantil, escaros de decúbito, reumatismo ( juntas doloridas ) mau – hálito.
– Gripes, resfriados, tosses, desobstrutor das vias aéreas.
– Clorose ( anemia microcítica, própria das moças na puberdade e adolescência ) e atonia de funcionamento do aparelho digestivo.
– Feridas, chagas.
– É um excelente remédio para eliminar lombrigas, oxiúros e outros vermes, depois do tratamento completado, deve-se tomar um laxante. ( Sanguinetti )
Na culinária são utilizados, de preferência, os raminhos frescos para aromatizar carnes, peixes verduras, legumes e pizzas.
É empregado na industria de perfumes e como aromatizante de licores.
Óleo:
-Candida albicans
-Cansaço
-Doenças infecciosas
-Doenças respiratórias
-Dor de garganta
-Estimulante genérico
-Exaustão mental
-Monilíase
-Inalação: Estimula a inteligência.
Nota: precisa ser diluído.
* Fitocosmético:
– Fortalece a raiz, diminui a queda e combate fungos dos cabelos.
– Ajuda a clarear manchas de acne.
Óleo: Acne; Anti-séptico para a pele.
* Farmacologia:
Por conter óleo essencial I composto de timol, carvaerol, borneol, linalol, cimeno, pineno, dipenteno e ocetato de bornila ), um princípio amargo, tanino e matérias resinosas e pépticas, o tomilho age como digestivo, anti –séptico, carminativo, emenagogo, cicatrizante, vermífugo, estimulante e sedativo nas crises de coqueluche.
Uso Interno:
– Chá por infusão: 10g por litro ( folhas e flores ) ou
decocção :1 colher ( chá ) de sementes para cada xícara de água ( fervura
durante 15 min. ); se a utilização for raízes, talos e caule, utilizam-se 2
colheres ( sopa ) de Tomilho para 1 L de água – 3 a 4 xícaras por
dia.
Uso Externo:
– Cataplasma ( escaras de decúbito; reumatismo ), 2 vezes ao dia deixando agir por 10 min.
Bibliografia:
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-Balbach,A. As Plantas Curam. Itaquaquecetuba: Vida Plena, 2ªedição, 1993.
-Martins,R.E.; Castro,D.M.; Castellani,D.C.; Dias,J.E. Plantas Medicinais. Viçosa: UFV, 2000.
-Francisco,I.; Hertwig,V. Plantas Aromáticas e Medicinais. São Paulo: Ícone, 1986.
-Plantas Que Curam.A natureza a serviço de sua saúde.Rio de Janeiro:
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-Rose,J.O Livro da Aromaterapia.Aplicações e Inalações.Rio de Janeiro: Campus,1995.
-Sanguinetti,E.E. Plantas Que Curam. Porto Alegre: Rígel, 2ªedição, 1989.