Espiritualidade X Ego

Iluminação Expressa

Um e-mail de grande esclarecimento

Iluminação Expressa – (Rudolfo P—–co)

Às vezes ouço um ou outro se referir aos processos que auxiliam as pessoas a atingir estágios cada vez mais elevados de consciência como “iluminação expressa”. Algo comparável a uma heresia ao processo natural da evolução porque queimaria as etapas “necessárias” ou seria uma “ajuda externa” no processo individual de ascensão.

Fiquei intrigado com isso. Como um processo que adianta conceitos e ponderações benéficas e que fixa internamente novos patamares consciências pode ser prejudicial no caminho do autoconhecimento?

Penso na questão da saúde, por exemplo, porque a função da doença é possibilitar o aprendizado através da compreensão de que devem ser evitados os erros que a geraram. Se a doença é simplesmente tratada com um remédio fortíssimo sem que haja a compreensão dos fatos geradores, então ela não terá tido seu propósito totalmente aproveitado nem a oportunidade totalmente aproveitada pelo Ser. Mas, geralmente, o Ser tem tempo para ponderar os fatos e concluir pela análise ou pelo sentir.

Se alguma pessoa de muita consciência auxilia o doente nas ponderações sobre os fatores geradores, isto leva à respostas e estímulos à ações que podem evitar novas crises da doença. Neste processo pode entrar também a culpa e atrapalhar a recuperação. E como a doença não se faz mais necessária, pode ser tratada rapidamente, sem dores a mais, porque a mensagem já foi compreendida e as mudanças encaminhadas ou interiorizadas.

Se, por algum meio e merecimento, são retirados diretamente os bloqueios energéticos (interiores) que levaram o doente a cometer os fatores geradores da doença, então o aprendizado pela doença já se faz desnecessário. De novo, ela pode ser curada porque a mensagem já foi interiorizada e gerará frutos certamente, e esta dor não é mais importante.

Nos três últimos exemplos a compreensão é atingida e mostra uma noção de “cura expressa” por “ajuda externa”, em alusão à referida iluminação expressa. Na conclusão pela auto-análise a ajuda externa foi o extrato dos erros (a doença) que iniciaram o processo interior de ponderações; na compreensão auxiliada o amigo (o “mestre”) foi à ajuda externa; na reforma interior pela retirada dos bloqueios que causam os fatores geradores a ajuda externa foi o que auxiliou no extirpe.

No processo de iluminação, que é infinito dado à forma da magia da Vida, o aprendizado de cada um se faz distinto dos outros porque cada parte da experiência ou centelha individuais tem seus objetivos. O quanto a evoluir é adequado para cada Ser em cada etapa? O quanto cada um deve aprender em cada encarnação? Seria melhor se todos aprendessem por igual? A resposta poderia ser “sim” se todos estivessem em patamares iguais, mas uns estão mais à frente e outros mais atrás, sem desdouros, e repetir a segunda série quando se está na faculdade é desnecessário e até inadequado na visão evolucionista.

Por isto existem formas mais lentas de aprendizados, como a tentativa e erro, e outras formas mais rápidas como técnicas energéticas e enteógenos bem direcionados que eliminam bloqueios causadores de dores, todos geradores de consciência.

A única e verdadeira “ajuda interior”, adequada e que realmente dispensa ajudas externas, é a intuição. Ela indica os caminhos e atitudes que o Ser tomaria para crescer no aprendizado, gradualmente e de acordo com suas necessidades momentâneas de experiências de Vida. Maravilhoso… Não fosse o ego.

É o ego, pelo emprego maciço da mente ocupada (pensamentos demais, racionalismo, individualismo) que impede a intuição que flui através do sentir (não do pensar). O ego emprega processos mentais que geram bloqueios (paradigmas, traumas, medos) de compreensão do externo e fuga do autoconhecimento (compreensão do interno).

Isso lembra um conto sobre o céu e o inferno. Um visitante foi ao inferno e viu uma grande e farta mesa com muita comida servida a todos em vasilhas fundas. Mas os que estavam lá sofriam de fome porque seus braços eram tortos nos cotovelos e não havia como colocar a comida na boca. Subiu então ao céu e se deparou exatamente com a mesma situação, com uma exceção: todos estavam transbordando contentamento porque cada Ser colocava a comida que pegava nas bocas dos próximos a si. Ninguém passava fome, nem dores.

O ego gera o ímpeto de querer tudo para si, se esquecendo do próximo e ocupando de tal forma a atenção que oculta dele mesmo a visão (intuição) de que a ajuda ao próximo é a única salvação de cada um e de si mesmo.
E como enxergar o mal que causa o ego através da análise racional feita pelo próprio ego e sem “filtros” favorecedores dele próprio? O racional não é intuitivo e a intuição não se apresenta ou não vinga quando há filtros. E o ego forma e é formado de filtros, de procedimentos racional-analíticos.

Pedir para que haja atenção à intuição estando em vigília analítica é um auto-engodo. E para que haja um canal não-deturpador da intuição fluída de qualquer Ser aqui encarnado e ainda não completamente desperto é preciso ter o auxílio externo, seja na forma da tentativa e erro ou dos facilitadores e sem se deixar levar pela ilusão das drogas e de falsos possibilitadores.

“Pela noção de “iluminação expressa”, diante da necessidade de aprendizado de cada um, recusar as oportunidades da continuidade evolutiva por caminhos nitidamente benéficos, pouco” ou “muito” rápidos, seria como tentar parar a Roda da Vida iludindo-se com a completude relativa, estacionando-se em um ponto confortável indeterminadamente ao invés de continuar a seguir o caminho com felicidade pelas mudanças. Vida é movimento, ação e continuidade. Parar indeterminadamente para aguardar o “próximo acontecimento” surgir é aceitar a ilusão de estar estável num oceano de instabilidade, o que é, diante da indubitável fúria evolucionista do espírito, propósito e reflexo existencial do próprio ego. Em outras palavras, esperar “o próximo acontecimento” é resultado do medo que o ego tem das mudanças vindas com o crescimento. O ego “morre” em parte para que outro, mais adequado e mais puro no sentido espiritual, possa ser moldado.

E, por este caminho, recusar o “auxílio externo” benéfico seria como negar e desprezar as oportunidades de crescimento disponibilizadas em técnicas, palavras e exemplos dos irmãos maiores (como aqueles que passaram por onde queremos adentrar e estão muito bem com os resultados disto, como os mentores espirituais e, sim, como o próprio Mestre Jesus). Ignorá-los seria portar em si a arrogância da completude, pura imaturidade, ego, porque ganha com o crescimento somente o espírito, aquele que se fortalece mais e mais com as mudanças.
O ego é só um mantenedor pensante dentro do aparelho (corpos) e que deve servir fielmente ao seu Senhor, o espírito, possibilitando a ancoragem e a manifestação irrestrita Dele na experiência ou encarnação. Nada mais do que isto.

A estabilidade na evolução não existe além da suficiente à sustentação do próximo passo à frente – não se iluda.

A Vida é instabilidade para possibilitar as experiências. Crescer é um objetivo contínuo e a busca pelo crescimento é sempre renovada, sempre. Siga adiante por caminhos “rápidos” ou não tão lentos, com ajuda interna e externa benéfica, e sempre, sempre em movimento.

Coragem e boa caminhada, irmã (o)!

Rud

Um e-mail de grande esclarecimento
—– Original Message —–
From: Bom Saber@………. . .com
To: gideonlakota@yahoo.com.br
Sent: Wednesday, June 13, 2007 11:41 AM
Subject: Iluminação Expressa

Gideon dos Lakotas

Fundador e idealizador da obra Céu Nossa Senhora da Conceição, materializou esta maravilhosa obra que trouxe tantos benefícios para a humanidade.

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